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Homens armados atacam hotel de luxo em Cabul

Forças de segurança vigiam o hotel, que está sob ataque - Mohammad Ismail/Reuters
Forças de segurança vigiam o hotel, que está sob ataque Imagem: Mohammad Ismail/Reuters

Do UOL, em São Paulo

20/01/2018 17h05

Ao menos quatro homens armados invadiram o Hotel Intercontinental, em Cabul, Afeganistão, e atiraram contra hóspedes. Segundo informações das agências de notícia, forças de segurança trocaram tiros com os invasores no terceiro e quarto andar do hotel. Eles teriam também posto fogo na cozinha.

O gerente do hotel, Ahmad Haris Nayab, que conseguiu escapar sem ferimentos, disse à Reuters que os agressores entraram na ala principal do hotel por uma das cozinhas. Não há confirmação do número de mortos até agora. Segundo a agência de notícias, "diversas pessoas morreram e ao menos seis ficaram feridas". Entre os mortos, estão dois dos agressores. 

À AFP, um hóspede disse que as pessoas estavam se escondendo nos quartos. "Não sei dizer se os agressores estão dentro do hotel, mas posso ouvir tiros de algum lugar próximo ao primeiro andar", disse. "Estamos escondidos no quarto. Eu imploro às forças de segurança que nos resgatem antes que nos matem."

Outra testemunha que conseguiu escapar disse ao jornal britânico "The Guardian" que os agressores pegaram alguns funcionários e hóspedes como reféns. 

O Hotel Intercontinental foi aberto em 1969 e é um dos dois hotéis mais luxuosos do país. Com 200 quartos e quatro restaurantes, serve de sede a conferências, casamentos e encontros políticos em Cabul. Ele foi alvo de ataque em outra ocasião, 2011, quando nove homens ligados ao Taleban mataram 21 pessoas, segundo a BBC. 

Na quinta-feira (18), a embaixada americana no país emitiu um alerta para possíveis ataques em hotéis da capital. Ainda não se sabe se há mortos ou feridos e nenhuma facção assumiu a autoria do atentado até agora. 

O Hotel Intercontinental, em foto de janeiro de 2016 - Mohammad Ismail/Reuters - Mohammad Ismail/Reuters
O Hotel Intercontinental, em foto de janeiro de 2016
Imagem: Mohammad Ismail/Reuters