Trump reverte decisão de Obama e assina ordem para manter aberta prisão de Guantánamo
Pouco antes do início de seu primeiro discurso sobre o Estado da União, o presidente Donald Trump assinou uma ordem para manter aberta a prisão de Guantánamo, na base militar do país em Cuba, e anunciou seu plano ao Congresso durante o discurso.
Trump disse que a medida pede ao secretário de Defesa, James Mattis, que avalie a política sobre a prisão para mantê-la aberta. "Hoje estou cumprindo outra promessa. Acabo de assinar uma ordem executiva que determina que o secretário Mattis reexamine a nossa política de detenções e que mantenham abertas as instalações na baía de Guantánamo", disse Trump no discurso do Estado da União.
Saiba mais:
- Ao Congresso, Trump pede que EUA fechem "lacunas mortais" das fronteiras
- Prisioneiros de Guantánamo processam Trump por postura anti-islâmica
Com a decisão, o presidente americano reverte uma ordem executiva assinada em 2009 pelo ex-presidente Barack Obama. Na época, o democrata determinava que a prisão deveria ser fechada o mais rápido possível.
O fechamento da base de Guantánamo era uma das prioridades do governo de Obama. Apesar de não ter atingido o objetivo, o ex-presidente conseguiu esvaziar a prisão ao transferir 196 detentos para outros países. Hoje, restam no local apenas 41.
Durante a campanha para as eleições de 2016, Trump criticou as transferências de presos feitas por Obama e prometeu ampliar a prisão para enchê-la, segundo ele, de "pessoas más".
A prisão de segurança máxima foi inaugurada em 2002 por ordem do então presidente George W. Bush, logo após os atentados terroristas do 11 de Setembro. No ápice, o local chegou a abrigar 800 prisioneiros de 44 nacionalidades diferentes.
O local recebeu inúmeras denúncias de violação de direitos humanos, como a prática de tortura e de abusos dos presos. Por conta das acusações das ONGs, a CIA chegou a fazer um levantamento sobre as práticas no local e confirmou que os agentes recorreram às técnicas de tortura durante os interrogatórios dos supostos extremistas.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.