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Nevasca deixa centenas de motoristas presos em estradas do sul da França

Do UOL, em São Paulo

01/03/2018 17h08

A nevasca que atingiu no sul da França desde quarta-feira (28) deixou centenas de motoristas presos por horas em rodovias da região de Montpellier. A neve, mais abundante do que tinham previsto os serviços meteorológicos, caiu nos departamentos do noroeste, centro, leste e sudeste da França, provocando principalmente problemas no transporte por estrada.

Habituado a climas amenos, Hérault, departamento da região sul da França, enfrentou fortes tempestades de neve, que bloquearam 1.700 motoristas, obrigados a passarem à noite nas estradas ou em algum dos 32 centros abertos pelas autoridades.

Uma pessoa contou à rádio France Info, na manhã de quinta-feira (1º) que passou 24 horas parado no trânsito na rodovia A9, mesmo com a promessa de resgate feita pelos serviços de emergência.

Em Montpellier, um vídeo flagrou o momento em que policiais tentam liberar alguns carros presos na neve sem que deslizem sobre o gelo.

No vídeo, o policial tenta diminuir a velocidade do veículo, que continua lentamente descendo a rua coberta de neve. Com a ajuda de um colega, ele finalmente consegue impedir o carro de bater em outro que estava parado na mesma rua.

As autoridades orientaram as pessoas a não usarem seus carros nesta quinta-feira em Montpellier por causa da neve. Várias ruas da cidade estavam bloqueadas e os serviços de ônibus e de bonde foram suspensos.

A onda de frio siberiano que atinge a Europa já deixou mais de 50 mortos, entre os quais vários sem-teto. O fenômeno climático já tem vários apelidos: "A Besta do Leste" para os meios de comunicação britânicos, "O Urso da Sibéria" na Holanda e o "Canhão de Neve" na Suécia.

Segundo uma contagem da agência de notícias AFP, 21 pessoas morreram na Polônia, seis na República Tcheca, cinco na Lituânia, quatro na França.

A Suíça viu nos últimos dias como as temperaturas chegaram a quase -40ºC nas zonas montanhosas mais altas.

Na Grã-Bretanha, a tempestade "Emma", proveniente do Oceano Atlântico, parecia se "preparar" para se chocar com o frio siberiano, o que causaria mais nevascas e temperaturas extremamente baixas.

No sudoeste da Inglaterra, no sul do País de Gales e da Escócia, foi decretado alerta vermelho, o que significa um clima extremo, que inclui risco de morte, danos generalizados e interrupções dos transportes. Para a noite são esperados fortes ventos e nevascas.

Em Edimburgo, todas as escolas foram fechadas e a Polícia aconselhou que as pessoas não saiam de casa, "salvo se for um trabalhador de emergência".

O aeroporto de Glasgow permanece fechado, e o de Gatwick, em Londres, esperava neste dia "uma grande quantidade de cancelamentos e atrasos nos voos".

As nevascas no norte da Itália forçaram a cancelar a circulação de metade dos trens, enquanto em Nápoles (sul) as escolas foram fechadas.