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Chanceler norte-coreano vai à Suécia, que representa interesses dos EUA em Pyongyang

Ri Yong-ho, chanceler norte-coreano - Miguel Guzmán Ruíz/Xinhua
Ri Yong-ho, chanceler norte-coreano Imagem: Miguel Guzmán Ruíz/Xinhua

Do UOL, em São Paulo

15/03/2018 09h14

O ministro norte-coreano das Relações Exteriores, Ri Yong-ho, deve visitar a Suécia nesta quinta-feira (15), país que representa os interesses americanos em Pyongyang, no momento em que Coreia do Norte e EUA preparam uma histórica cúpula.

A embaixada da Suécia em Pyongyang representa os interesses americanos na Coreia do Norte, já que Washington não tem relações diplomáticas com o regime de Kim Jong-un. Uma histórica reunião entre o presidente americano, Donald Trump, e o líder norte-coreano, Kim Jong-un, pode acontecer antes do fim de maio.

Segundo a chancelaria sueca, Ri Yong-ho deve se reunir com a ministra de Relações Exteriores da súecia, Margot Wallström.

O Ministério chinês das Relações Exteriores confirmou que o ministro norte-coreano passou por Pequim antes de tomar um avião rumo a Estocolmo. "Não podemos excluir a possibilidade de um contato entre Coreia do Norte e Estados Unidos" durante a visita de Ri, declarou à agência sul-coreana Yonhap uma fonte na capital chinesa.

O enviado norte-coreano, ex-diplomata em Estocolmo e em Londres, e um ex-enviado nuclear com ampla experiência na negociação com os rivais da Coreia do Sul e dos Estados Unidos, assumiu como ministro das Relações Exteriores de Pyongyang em 2016.

A viagem por Ri está sendo observada de perto, já que é preciso preparar o encontro entre Trump e Kim e há pouco tempo para o planejamento. Até agora, a Coreia do Norte ainda não comentou publicamente sobre o que espera com o encontro.

A Suécia mantém relações diplomáticas com a Coreia do Norte desde 1973, e agora é um dos poucos países ocidentais a ter uma embaixada em Pyongyang. O país fornece serviços consulares para os EUA em território norte-coreano.

"O objetivo da visita é contribuir para a implementação efetiva das resoluções", disse a chancelaria sueca, referindo-se à condenação dos programas de armas nucleares e mísseis da Coreia do Norte pelo Conselho de Segurança da ONU. (Com AFP e AP)