Diminui esperança de achar sobreviventes em passarela nos EUA; mortos chegam a seis
Subiu para seis o número de mortos na queda de uma passarela de pedestres em Miami, segundo informou a polícia nesta sexta-feira (16). Equipes de resgate ainda vasculham os escombros da estrutura recém-construída que desabou sobre várias pistas de tráfego, mas a esperança de encontrar mais sobreviventes é cada vez menor, de acordo com os policiais
A ponte de 950 toneladas esmagou veículos em uma das estradas mais movimentadas do sul da Flórida na quinta-feira. Os engenheiros temem o desabamento das estruturas de apoio nas duas margens da ponte, afirmou o porta-voz da polícia de Miami Dade, Alvaro Zabaleta. "Toda ponte está em perigo", disse.
"Infelizmente isto se transformou de resgate em operação de recuperação", disse um porta-voz. O número de mortos pode aumentar, já que mais veículos ainda podem estar debaixo do concreto e do metal retorcido, acrescentou.
Socorristas com cães farejadores buscaram sinais de vida durante a madrugada. Ao menos 10 pessoas foram levadas a hospitais e duas se encontram em estado grave, informaram autoridades e a mídia local.
Testemunhas disseram à mídia local que os veículos estavam parados em um farol quando a ponte desmoronou sobre eles perto das 13h30 locais da quinta-feira.
A incerteza a respeito da estabilidade das seções remanescentes da ponte dificulta os esforços de resgate, disseram autoridades.
A ponte de 53 metros de comprimento liga a universidade à cidade de Sweetwater e havia sido inaugurada no sábado em seis horas sobre a rodovia de seis faixas, de acordo com um relato publicado no site da universidade.
"Se alguém fez algo errado, iremos responsabilizá-lo", disse o governador da Flórida, Rick Scott, em uma coletiva de imprensa na noite de quinta-feira. Mais cedo seu escritório havia emitido um comunicado dizendo que uma empresa contratada para inspecionar a ponte não foi pré-aprovada pelo Estado norte-americano.
A estrutura de US$ 14,2 milhões de dólares foi projetada para suportar um furacão de Categoria 5, o mais forte da escala do Centro Nacional de Furacões, e durar ao menos 100 anos, segundo a universidade.
"O que deveria ser uma parte icônica e estável da conectividade entre a cidade e a universidade se converteu em uma tragédia nacional", declarou o prefeito de Sweetwater, Orlando López.
Lynnell Collins contou à CNN que estava guiando e pronto para virar à direita "quando tudo caiu". "Abandonei meu carro, como outras pessoas, e saímos correndo. Começamos a ajudar as pessoas cujos veículos estavam menos destruídos e que podiam sair facilmente".
(Com Reuters e AFP)
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