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Prefeito de NY diz que morte de Marielle "mostra declínio da democracia brasileira"

O prefeito de Nova York, Bill de Blasio, segura uma bandeira com as cores do arco-íris ao lado da mulher, Chirlane, e da filha, Chiara, durante Parada do Orgulho Gay da cidade - 28.jun.2015 - Eduardo Munoz/Reuters
O prefeito de Nova York, Bill de Blasio, segura uma bandeira com as cores do arco-íris ao lado da mulher, Chirlane, e da filha, Chiara, durante Parada do Orgulho Gay da cidade Imagem: 28.jun.2015 - Eduardo Munoz/Reuters

Do UOL, em Brasília

25/03/2018 23h12

Onze dias após o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL), do Rio de Janeiro, o prefeito de Nova York , Bill de Blasio, usou sua conta no Twitter neste domingo (25) para dizer que o crime mostra o "declínio da democracia brasileira" e a "opressão de pessoas afrodescendentes".

No mesmo tuíte, o norte-americano questiona se o governo teve envolvimento com o crime e diz "exigir a verdade". Do partido democrata, Bill de Blasio governa Nova York desde 2014. Antes, ocupou o cargo de defensor público da cidade. Ele é casado e tem dois filhos com uma mulher negra.

A comoção por conta da morte da vereadora --morta a tiros no último dia 14-- teve destaque na capa do jornal americano “Washington Post”, em sua edição impressa da última terça-feira (20). Segundo a publicação, ela se tornou um "símbolo global".

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As investigações da morte de Marielle e do motorista do carro em que ela estava, Anderson Gomes, estão sendo conduzidas pela Polícia Civil do Rio de Janeiro. Até o momento, os investigadores não informaram se há suspeitos.

O crime ocorreu em meio à intervenção do governo federal na área de segurança pública do Rio, medida criticada por Marielle, que era relatora da comissão na Câmara dos Vereadores que acompanhava a ação.

Sigilo

A polícia do Rio está apostando no sigilo das investigações para tentar elucidar os assassinatos. Até agora, a maior parte das informações que se tornaram públicas não dão muitas pistas sobre quem cometeu o crime e qual foi sua motivação.

O que está claro até o momento é que Marielle foi vítima de uma emboscada e não de uma tentativa de roubo comum. Anderson morreu porque estava junto com ela. Uma assessora da vereadora ficou apenas ferida por estilhaços.