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Macron diz que EUA e França estão prontos para trabalhar em um novo acordo com o Irã

Emmanuel Macron e Donald Trump após entrevista coletiva na Casa Branca - Jonathan Ernst/Reuters
Emmanuel Macron e Donald Trump após entrevista coletiva na Casa Branca Imagem: Jonathan Ernst/Reuters

Do UOL, em São Paulo

24/04/2018 14h52Atualizada em 24/04/2018 16h42

O presidente da França, Emmanuel Macron, declarou nesta terça-feira (24) que está pronto para trabalhar com o americano Donald Trump em um "novo acordo" com o Irã sobre sua política nuclear.

"Posso dizer que tivemos uma discussão muito franca a este respeito", indicou Macron depois de se reunir com Trump na Casa Branca. "Por isso, desejamos de agora em diante poder trabalhar em um novo acordo sobre o Irã", expressou.

Em entrevista coletiva após encontro com Trump, Macron afirmou que alguns temas precisam ser resolvidos com relação ao Irã, incluindo bloquear qualquer atividade nuclear do Irã até 2025, colocar um fim à atividade de mísseis balísticos do Irã e encontrar uma solução política para conter o Irã na região. "Essa é a única forma de alcançar estabilidade", disse Macron na entrevista ao lado de Trump.

Na mesma entrevista, o presidente dos EUA disse que se o Irã ameaçar seu país de alguma maneira, pagará um preço que poucos países pagaram.

Para o presidente americano, o acordo de 2015 entre o Irã e Estados Unidos, França, Reino Unido, Alemanha, China e Rússia, fez com que Washington perdesse enormes somas de dinheiro para Teerã. "Estamos falando de barris de dinheiro. É uma loucura. É ridículo", reforçou.

Os aliados europeus de Trump tentaram persistentemente convencê-lo a não desistir do acordo, que aliviou as sanções contra o Irã e garantiu um programa nuclear civil em troca da suspensão por Teerã de seus programas de desenvolvimento de uma bomba atômica.

O presidente francês iniciou na segunda-feira uma visita de Estado de três dias. Antes de desembarcar em Washington, Macron deixou claro que rejeitava a ideia de uma ruptura unilateral no acordo nuclear e chegou a admitir que não havia "Plano B".

(Com agências internacionais)