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Após promessa de acordo de paz, Kim volta de carro de visita histórica à Coreia do Sul

De carro, Kim Jong Un acena ao deixar a vila de Panmunjom após encontro histórico entre as duas coreias - Reprodução
De carro, Kim Jong Un acena ao deixar a vila de Panmunjom após encontro histórico entre as duas coreias Imagem: Reprodução

Do UOL, em São Paulo

27/04/2018 10h37

Depois de cruzar a pé a fronteira e se tornar o primeiro líder da Coreia do Norte a pisar no Sul, o líder Kim Jong-un voltou a atravessar a fronteira do vilarejo de Panmunjom, situado na zona desmilitarizada entre os dois países, por volta das 21h40 (horário local, 9h40 de Brasília), desta vez de carro.

O retorno de Kim ocorreu depois de ele participar de um jantar oficial na "Casa da Paz", centro de conferências administrado por Seul, finalizada com uma cerimônia de despedida em Panmunjom, em que Kim esteve acompanhado da primeira-dama norte-coreana, Ri Sol-ju.    

Acompanhado por 12 agentes de sua segurança pessoal, o líder norte-coreano encerrou a primeira cúpula intercoreana em 11 anos, na qual ambos os líderes se comprometeram a assinar um acordo de paz até o fim do ano e desnuclearizar a península.

Além disso, os dois acertaram uma visita de Moon Jae-in a Pyongyang no segundo semestre deste ano.

O acordo de paz envolveria também os Estados Unidos - Donald Trump e Kim Jong-un devem se encontrar entre maio e junho - e a China, que assinaram o armistício que encerrou a Guerra da Coreia em 1953. Os líderes disseram que esperam que todos os países envolvidos concordem em um tratado que encerre a guerra até o final do ano.

Dúvida sobre o fim das armas nucleares

Apesar do compromisso em retirar as armas nucleares da península, Kim e Moon não explicaram como será feito esse processo, o maior obstáculo para as negociações permanentes de paz. No comunicado conjunto, há apenas uma intenção de "estabelecer uma península coreana sem armas nucleares através de uma desnuclearização completa".

Mas os dois líderes se comprometeram em interromper todos os atos hostis em "terra, mar e ar" que podem causar tensões militares. Até o início deste ano, os testes nucleares realizados pelo Norte e os exercícios militares realizados em conjunto entre EUA e Coreia do Sul frequentemente eram motivo de repúdio do outro lado.

Coreias se comprometem com desnuclearização e acordo de paz

AFP