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Trump diz ter "relação ótima" com Kim e afirma que países estabeleceram comunicação direta

Do UOL, em São Paulo

15/06/2018 11h54

O presidente americano, Donald Trump, respondeu a críticas nesta sexta-feira (15) sobre seu encontro com o líder norte-coreano, Kim Jong-un, e afirmou que teve uma "ótima química" com o ditador.

Falando com a imprensa no jardim da Casa Branca, Trump se defendeu das críticas sobre a declaração conjunta que assinou com Kim, que estabeleceu a "desnuclearização completa" da península coreana. Trump se comprometeu a encerrar os exercícios militares conjuntos com a Coreia do Sul, repudiadas pelo regime do Norte.

Ao responder a uma pergunta de uma jornalista que perguntou por que Trump se reuniu com Kim Jong-un, apesar do histórico de violações de direitos humanos da Coreia do Norte, o presidente respondeu: "Porque não quero ver uma arma nuclear destruir você e sua família",

"Eu fiz um grande trabalho [no encontro]. A [imprensa] 'fake news' falaram que eu cedi. Sabe o que eu cedi? Um encontro. Encontramos e tivemos ótima química. Ele [Kim] nos deu muito: não temos um teste de míssil há sete meses; não temos um teste nuclear há oito meses e meio, e nem mísseis sobrevoando o Japão. Ele nos deu os restos mortais de heróis americanos [mortos na Guerra da Coreia], que tantos familiares me pediam. Ninguém pensou que isso era possível. Eles [Coreia do Norte] muito pela gente."

"E agora estamos no caminho da desnuclearização, e o acordo diz que haverá desnuclearização total. A única coisa que eu fiz foi encontrar com ele. Nos demos muito bem, houve uma ótima química", acrescentou.

Segundo Trump, esse foi um problema que ele herdou ao chegar a Presidência e que ele já resolveu "grande parte" dele.

"Antes de entrar na Presidência, muitos diriam que eu entraria em guerra com a Coreia do Norte. Se acontecesse isso, poderia ter havido 30, 40 milhões de mortos. Quem sabe o que poderia ter acontecido?", questionou. "Esse problema está resolvido em grande parte. Assinamos um documento muito bom.

"Mas, mais importante do que o documento, tenho uma boa relação com Kim Jong-un. Isso é uma coisa muito importante. Agora, posso ligar para ele. Dei para ele um número direto. Ele agora pode me ligar se tiver alguma dificuldade. Temos comunicação", insistiu.

"As pessoas estão chocadas", continuou o presidente. "Acharam que 'Trump vai entrar', 'vai começar a jogar bombas por todo o lado' (...) É, na verdade, o oposto", acrescentou.