"Acordei atordoado, tudo balançava", relata brasileiro sobre terremoto que matou 3 no Japão
Ainda dormindo, o paulista Daniel Serrano, 30, não entendeu muito bem o que acontecia ao sentir o tremor que atingiu a região de Osaka, no Japão, nesta segunda-feira (18) – noite de domingo no Brasil.
“Acordei atordoado, tudo balançava. Não sabia se estava sonhando, ou se era um terremoto”, disse ao UOL, por telefone.
A confirmação chegou pelo celular: a Agência Meteorológica Japonesa enviou alertas em japonês e em inglês avisando dos tremores fortes. O terremoto chegou à magnitude 6,8, causou ao menos três mortes e centenas de feridos.
“Também ouvi sirenes tocar. Nesses casos, o protocolo de segurança é tentar se proteger embaixo da mesa, porque objetos podem cair das prateleiras. E não sair de casa até ter certeza de que o tremor parou”, diz.
Morando na cidade de Nara desde setembro, Serrano recebeu uma bolsa do Ministério da Educação do Japão destinada à qualificação de professores estrangeiros. No Brasil, ele dá aulas de português.
“Foi a primeira vez que passei por um terremoto. Agora, a gente vive a expectativa de tremores secundários”, conta.
Naturalidade
No Japão pela segunda vez, Natalia Eckert conta que os japoneses reagem ao terremoto “com naturalidade”. "Muitos lamentaram as mortes, principalmente a da garota, mas a vida segue quase normalmente", relata.
“Eu também já fiquei mais calma. Da outra vez, fiquei assustada. Agora, estava tranquila”, completou a estudante de língua japonesa.
Para financiar seus estudos, Eckert também trabalha como professora em uma creche para crianças estrangeiras. “Fazemos treinamentos regularmente e somos orientados a proteger a cabeça das crianças da queda de objetos. Como ainda estava em casa, olhei em volta e verifiquei: não tem vidro em volta, nem nada que vá cair em mim”, contou.
A russa Irina Novoselova, 23, namorada de Daniel, relata que na região onde mora, ao norte de Osaka, os efeitos foram mais “violentos”.
“Alguns potes caíram no banheiro, uma xícara se quebrou. Senti os tremores por mais de um minuto”, disse Novoselova, que faz mestrado no Japão e pensa em, na sequência, estudar um doutorado.
“O terremoto é assustador. Mas voltar para a Rússia, com aquela economia, dá mais medo ainda”, diz.
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