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Russa ligada à NRA é presa nos EUA sob acusação de espionagem

Reprodução/Facebook
Imagem: Reprodução/Facebook

Do UOL, em São Paulo

16/07/2018 16h47Atualizada em 16/07/2018 19h22

A Justiça americana acusou nesta segunda-feira (16) uma cidadã russa por espionagem em nome do Kremlin e por se "infiltrar em organizações com influência na política americana". Mariia Butina, que era ligada a um grupo russo pró-armas apoiado pela NRA (Associação Nacional de Rifles), foi presa no domingo e apresentou-se ao juiz em Washington D.C. nesta segunda.

A acusação ocorre horas depois de os presidentes dos EUA, Donald Trump, e da Rússia, Vladimir Putin, darem uma entrevista em conjunto aos jornalistas em que fizeram questão de ressaltar que não existiu interferência russa nas eleições americanas de 2016 e reforçaram a ideia de melhoria nas relações entre os dois países.

Mariia Butina, 29, foi acusada de conspiração para atuar como agente da federação russa dentro dos EUA sem notificação prévia ao governo americano. Ela é conhecida como uma protegida de Alexander Torshin, ex-banqueiro russo próximo de Putin que jantou com Donald Trump Jr. na convenção da NRA em 2016 --Torshin é um dos russos que foi alvo de sanções dos EUA neste ano.

Entre 2015 e - pelo menos - fevereiro de 2017, a acusada trabalhou para um alto funcionário do Banco Central Russo, que foi sancionado pelo Departamento do Tesouro no último mês de abril.

Segundo informou o governo com base nos documentos judiciais, houve um esforço por parte de Butina e este funcionário para que a detida atuasse como agente russa dentro dos EUA, tecendo relações com americanos e infiltrando-se em empresas que tivessem influência com políticos do país.

O suposto objetivo desta estrutura era favorecer os interesses do Kremlin por meio de ações que primeiro executava da Rússia e depois em território americano, aonde chegou com um visto de estudante.

A acusação afirma que a agente russa não informou às autoridades dos seus verdadeiros objetivos, o que está requerido por lei e lhe poderia acarretar uma condenação de até cinco anos de prisão. (Com Efe)