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Donald Trump quer visita de Vladimir Putin aos EUA ainda este ano

Do UOL, em São Paulo

19/07/2018 18h15

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu que seu conselheiro de Segurança Nacional, John Bolton, convide o presidente russo, Vladimir Putin, para visitar Washington D.C., informou a Casa Branca nesta quinta-feira (19). De acordo com a porta-voz da Casa Branca Sarah Sanders, "essas discussões estão em curso".

Na segunda-feira, Trump e Putin protagonizaram uma polêmica reunião na Finlândia, e nesta quinta o presidente americano havia mencionado que esperava ter "um segundo encontro" com o presidente russo. Segundo Sanders, na cúpula desta semana Trump e Putin haviam acordado que os dois países mantivessem "um diálogo de trabalho entre as equipes de segurança nacional".

Esse convite abre a possibilidade para que Putin visite Washington justo antes ou depois das eleições legislativas nos Estados Unidos, previstas para 6 de novembro, apesar do temor das agências de inteligência americanas de que a Rússia tenta interferir nesses pleitos, como supostamente fez nos de 2016.

No entanto, não está claro se Putin aceitará o convite para visitar Washington, dado que Trump já tentou programar a primeira cúpula entre ambos na capital americana e finalmente teve que conformar-se com que a reunião acontecesse em Helsinque.

"Espero por nosso segundo encontro para que possamos começar a implementar algumas das muitas coisas discutidas", apontou Trump no Twitter, apesar das intermináveis polêmicas geradas pela cúpula desta semana.

A declaração da Casa Branca contradiz o Kremlin, que poucas horas antes havia dito que Moscou e Washington não estão discutindo a possibilidade de um novo encontro entre os dois líderes. "Sequer tocamos nessa questão", afirmou o assistente de Putin para assuntos externos, Yuri Ushakov.

Entre os temas que os dois países devem continuar tratando, Trump mencionou a "contenção do terrorismo, segurança para Israel, proliferação nuclear, ataques cibernéticos, Ucrânia, a paz no Oriente Médio, Coreia do Norte, entre outros".

Entretanto, a reunião de segunda-feira afundou Trump em uma polêmica na política interna por conta da afirmação dos orgãos americanos de Inteligência de que a Rússia interferiu nas presidenciais de 2016.