Trump divulga nota de pesar dois dias após morte de senador McCain
Somente dois dias após a morte do senador norte-americano John McCain, o presidente Donald Trump divulgou uma nota de pesar. Apesar de correligionários, os dois nutriam desavenças. McCain, que combatia um câncer no cérebro havia um ano, chegou a dizer que o presidente não seria convidado para seu funeral.
"Apesar de nossas diferenças em gestão e política, eu respeito o serviço prestado pelo senador John McCain ao nosso país e, em sua honra, assinei uma determinação de hastear a bandeira dos Estados Unidos a meio mastro até o dia de seu enterro", diz o comunicado. A decisão se estende a todos os edifícios públicos, bem como instalações militares e embaixadas.
No texto, o presidente também informa que o vice-presidente, Mike Pence, falará em uma cerimônia no Capitólio na sexta-feira (31) em memória de McCain. O secretário de Defesa, Jim Mattis, o chefe de gabinete John Kelly e o conselheiro de segurança nacional John Bolton representarão Trump no serviço funerário, acrescentou o presidente.
Trump foi criticado, inclusive por grupos de veteranos de guerra, por seu silêncio após a morte de McCain. No domingo (26), o jornal The Washington Post noticiou que o mandatário havia vetado uma declaração que classificava o senador como "herói".
Durante o dia, Trump concedeu uma coletiva de imprensa para falar sobre o Nafta (tratado norte-americano de livre comércio), ignorando perguntas de jornalistas sobre a morte de McCain.
Seus antecessores, entretanto, não adotaram a mesma atitude. Os ex-presidentes Barack Obama e George W. Bush discursarão no funeral do senador, marcado para ocorrer no próximo sábado (1º), na Catedral de Washington. No dia seguinte, o veterano da Guerra do Vietnã será sepultado na base naval de Annapolis.
(com AFP e EFE)
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