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Com recorde de brasileiros registrados no exterior, espera para votar no Japão chega a 4 horas

Brasileiros esperam para votar em Oizumi, uma das cidades com maior concentração de brasileiros no Japão - Hilda Handa / Colaboração para o UOL
Brasileiros esperam para votar em Oizumi, uma das cidades com maior concentração de brasileiros no Japão Imagem: Hilda Handa / Colaboração para o UOL

Hilda Handa

Colaboração para o UOL, em Gunma, Japão

07/10/2018 11h39

Com mais de meio milhão de inscritos para votar no exterior -- um aumento de 40% em relação ao registrado em 2014 --, os brasileiros enfrentaram fila nos consulados brasileiros e demais pontos de votação nos 99 países em que é possível votar neste domingo (7).

No Japão, segundo maior colégio eleitoral no exterior (atrás apenas dos Estados Unidos), houve fila de até 4 horas para quem quis votar para presidente -- o único cargo para o qual é possível votar estando fora do país.

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Em Oizumi, uma das maiores cidades "brasileiras" no Japão, houve 8.500 inscritos para votar neste ano --eram 5.500 nas últimas eleições presidenciais. 

Alguns madrugaram, como Francisco Alves de Lima, o primeiro da fila: “cheguei às cinco da manhã para ter o privilégio de votar. Estou escolhendo o presidente do nosso país. Estou muito animado, meu candidato vai vencer”.

Celso Shoiti Ando, assim como muitos outros, ainda iria trabalhar, mesmo no domingo, mas veio de madrugada porque “é uma oportunidade única. Tenho meu candidato, embora não esteja muito por dentro do que passa no Brasil. Poderia ter justificado, mas preferi vir”. 

O patriotismo é evidente. Gloria Mota, que veio de uma província vizinha (Saitama), disse ter “esperança de ajudar a melhorar o nosso país. Embora não volte há muito tempo, acompanho os problemas e acho importante votar”.

Para Lauro Sakae, que já trabalhou como mesário em quatro eleições no arquipélago, é “importante participar do processo democrático e uma forma de participar das decisões no Brasil, porque precisamos mudar, estamos passando vergonha diante do mundo. Nós, que moramos fora, sabemos o quanto somos difamados e ironizados. Podemos ajudar”.

Nas redes sociais, correm imagens de boletins de apuração que apontam ampla vantagem para um candidato. Mas o TSE diz que a apuração só poderá ser feita após o fechamento das urnas no Brasil. 

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