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Número de mortos pelo furacão Michael nos EUA sobe para 18

Destruição causada pelo furacão Michael em Mexico Beach, na Flórida - Gerald Herbert/AP
Destruição causada pelo furacão Michael em Mexico Beach, na Flórida Imagem: Gerald Herbert/AP

Do UOL, em São Paulo*

13/10/2018 11h50

O número de mortos pela passagem do furacão Michael subiu para 18 nos estados da Flórida, Geórgia, Carolina do Norte e Virgínia, informaram autoridades norte-americanas neste sábado (13). Esse número pode aumentar ainda mais já que centenas de pessoas não foram encontradas na área de Panhandle, na Flórida, onde comunidades dizimadas seguem incomunicáveis e no escuro.

"O balanço deve aumentar entre hoje e amanhã, à medida que avançamos nos escombros", disse à CNN Brock Long, chefe da Agência Federal de Gerenciamento de Emergências (Fema).

Cerca de 2.000 membros da Guarda Nacional da Flórida continuarão a trabalhar nas operações de recuperação, além da atuação de cerca de 3.000 membros da Fema.

Equipes de resgate, prejudicadas por quedas de energia e da comunicação por telefone, estavam batendo de porta em porta e usando cães farejadores, drones e equipamentos pesados para procurar sobreviventes dentre entulhos em Mexico Beach e em outras comunidades costeiras da Flórida, como Port St. Joe e Panama City.

Segundo as autoridades, mais de um milhão de residências ficaram sem eletricidade nesta sexta-feira (12): 350 mil na Flórida, meio milhão na Carolina do Norte e mais de 500 mil na Virgínia.

A rede voluntária de busca e resgate CrowdSource Rescue, com sede em Houston, informou que suas equipes estavam tentando encontrar cerca de 2.100 pessoas que estão desaparecidas ou que precisam de ajuda na Flórida, segundo seu cofundador Matthew Marchetti.

'Devastação impensável'

O furacão Michael atingiu o solo perto de Mexico Beach, na Florida Panhandle, na quarta-feira (10) como uma das tempestades mais poderosas da história dos EUA, com ventos de até 250 km por hora. Ele empurrou uma parede de água do mar para o interior, causando inundações generalizadas.

A tempestade tropical, que cresceu em menos de dois dias para categoria quatro na escala Saffir-Simpson –de cinco níveis–, destruiu bairros inteiros em Panhandle, reduzindo casas a fundações de concreto e pilhas de madeira e tapume.

O governador da Flórida, Rick Scott, chamou a situação de "devastação impensável", e disse que a prioridade era procurar sobreviventes entre as pessoas não evacuadas.

O governador da Carolina do Norte, Roy Cooper, também informou que uma centena de pessoas foram resgatadas e muitas outras foram evacuadas devido às inundações no estado.

A rapidez com que a tempestade se formou e cresceu surpreendeu especialistas e pegou os moradores desprevenidos. O chefe da Fema, Brock Long, descreveu Michael como o furacão mais intenso a atingir a área desde 1851.

No ano passado, uma catastrófica série de furacões atingiu o Atlântico Ocidental. Os mais devastadores foram Harvey no Texas, Irma no Caribe e Flórida, e Maria, que atingiu o Caribe e deixou quase 3.000 mortos no território americano de Porto Rico.

A temporada de furacões do Atlântico termina em 30 de novembro.

(*Com informações da AFP e da Reuters)