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'A mão firme e confiante de Bolsonaro nos guiará', diz futuro chanceler

Valter Campanato/Agência Brasil
Imagem: Valter Campanato/Agência Brasil

Do UOL, em São Paulo

14/11/2018 21h13

"A mão firme e confiante do Presidente Bolsonaro nos guiará", escreveu em nota oficial o futuro ministro das Relações Exteriores do Brasil, Ernesto Araújo. 

O nome de Araújo, 51, foi confirmado nesta quarta (14) pelo presidente eleito, Jair Bolsonaro, e chamou a atenção por se tratar de um diplomata considerado jovem para o cargo e que nunca havia chefiado uma embaixada. 

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Até então diretor do Departamento dos Estados Unidos, Canadá e Assuntos Interamericanos, Araújo se destacou durante a campanha eleitoral por assinar um blog em que se manifestava como antipetista e fazia campanha para o então candidato Bolsonaro. Posicionar-se politicamente de forma tão explícita é uma prática incomum entre diplomatas. 

Em carta divulgada na noite desta quarta, Araújo se disse "extremamente honrado e entusiasmado com a responsabilidade" do novo cargo. Disse ainda pretender levar o lema "amor e coragem" para o Itamaraty --onde trabalha há quase 30 anos. 

"Aprofundaremos iniciativas lançadas com competência pela atual gestão. Lançaremos muitas outras, tanto na economia e no comércio quanto na cultura e na tecnologia, nas relações políticas e no trabalho consular, na promoção da democracia e das liberdades fundamentais em todo o mundo", escreveu. 

O futuro chanceler ainda se comprometeu em construir "sobre a base sólida criada há duzentos anos pelos próceres da independência", mas também levar ao Itamaraty "novas ideias e propostas em diálogo construtivo e produtivo com todos os parceiros". 

Declarações feitas pelo presidente eleito ao longo da campanha e nas últimas semanas indicam mudanças em pautas tradicionais do Itamaraty, como nas relações com o Estado palestino. Bolsonaro indicou mais de uma vez pretender mudar a embaixada brasileira em Israel de Tel Aviv para Jerusalém, o que causaria desconforto não apenas à Palestina, mas a diversos países árabes com quem o Brasil mantém relações comerciais importantes.