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Ataque a consulado chinês no Paquistão deixa sete mortos

Homens das forças de segurança nas proximidades do consulado chinês em Karachi após o ataque na manhã desta sexta-feira (23) - Akhtar Soomro/Reuters
Homens das forças de segurança nas proximidades do consulado chinês em Karachi após o ataque na manhã desta sexta-feira (23) Imagem: Akhtar Soomro/Reuters

Do UOL, em São Paulo*

23/11/2018 03h29Atualizada em 29/11/2018 17h41

Sete pessoas morreram, entre elas dois policiais e dois civis, em um ataque nesta sexta-feira (23) ao consulado chinês em Carachi, maior cidade e centro econômico do Paquistão. Os três autores do atentado também foram mortos, segundo informou uma fonte oficial à Agência Efe.

O ataque começou pouco antes das 9h30 (horário local, 2h30 de Brasília), quando os agressores começaram a disparar e a lançar granadas no prédio. Eles tentaram invadir o consulado e houve troca de tiros.

"Todo o pessoal chinês do consulado está seguro", ressaltou um porta-voz, que não informou que são os dois civis mortos.

Segundo o jornal The Guardian, um insurgente do Exército de Libertação do Baluchistão, maior província do Paquistão, reivindicou a responsabilidade pelo ataque.

O ministro de Relações Exteriores paquistanês, Shah Mehmood Qureshi, condenou o ataque. "É um incidente triste. Paquistão e China derrotarão as forças que querem deter o desenvolvimento do país", destacou.

A China conta com uma grande presença em território paquistanês devido ao projeto Corredor Econômico China-Paquistão (CPEC), um multimilionário projeto de infraestruturas financiado pela China com um investimento de US$ 60 bilhões.

O CPEC, iniciado em 2015, financiará a construção de uma rota comercial que conectará a cidade de Kasghar, na província chinesa de Xinjiang, com o porto paquistanês de Gwadar, proporcionando ao gigante chinês uma porta ao mar Arábico.

Em junho de 2017, o grupo terrorista Estado Islâmico (EI) anunciou que tinha assassinado dois cidadãos chineses na região de Baluchistão, no sudoeste do Paquistão.

Em maio desse ano, 11 operários que trabalhavam na construção de uma estrada ligada ao CPEC foram assassinados no distrito de Gwadar, também situado no Baluchistão.

*Com informações da Agência Efe