Universidade no Egito desiste de suspender casal que se abraçou em público
Duas universidades do Egito reintegraram dois estudantes que haviam sido punidos pelo "ato imoral" de se abraçarem em público. Um vídeo que viralizou na internet mostra o casal celebrando o noivado com um abraço e um buquê de flores. As informações são do jornal inglês "The Guardian".
O casal não teve o nome divulgado. O homem estuda direito na Universidade Mansoura, onde o abraço foi dado. E a mulher é aluna de árabe na Universidade Al-Azhar.
A estudante foi expulsa em 13 de janeiro quando um comitê disciplinar a acusou de violar os valores da universidade. Na televisão, Ahmed Zarie, porta-voz da Universidade Al-Azhar, afirmou que, embora a estudante não estivesse nas instalações de sua universidade, ela havia "cometido um ato imoral que a instituição, assim como as tradições da sociedade, recusam".
A punição, no entanto, foi cancelada no dia seguinte quando o grande imã de Al-Azhar, Ahmed al-Tayeb, instou a comissão disciplinar a "reconsiderar a punição". O clérigo pediu que a universidade "ofereça conselhos e orientação antes de recorrer a punições". Apesar de não ter sido expulsa, a estudante foi impedida de fazer os exames do primeiro semestre.
A Universidade Al-Azhar é uma instituição islâmica sunita que não permite que estudantes do sexo masculino e feminino se misturem.
O aluno foi encaminhado para para uma audiência disciplinar por quebrar "valores universitários e moral" e, finalmente, foi suspenso por dois anos pela Universidade Mansoura.
Por causa do forte apelo popular do caso --o casal ganhou a simpatia da opinião pública--, o ministro da Educação do Egito, Khaled Abdel Ghaffar, prometeu intervir na situação para reduzir a punição do casal.
Por isso, o comitê da Universidade Mansoura apenas suspendeu o aluno de realizar os exames do primeiro semestre.
Na imprensa egípcia, muitos comemoraram a redução da penalidade, em um país onde demonstrações públicas de afeto são desencorajadas.
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