Polícia dos EUA usa fotos de famosos para software achar sósias criminosos
A polícia de Nova York usou uma foto do ator Woody Harrelson em um programa de reconhecimento facial para encontrar um ladrão de cerveja que se parece com o artista, segundo um relatório publicado na quinta-feira (16).
O Centro de Privacidade e Tecnologia da Universidade Georgetown foi quem chamou a atenção para o caso ocorrido em abril de 2017.
De acordo com o relatório analisado pela universidade, imagens do ladrão gravadas por câmeras de segurança tinham baixa qualidade e, por isso, o programa usado pela polícia não encontrou nenhuma foto de suspeitos no banco de dados da polícia.
No entanto, imagens de alta qualidade de Harrelson retornaram diversas correspondências e levaram a uma prisão.
A polícia de Nova York também usou a foto de um jogador de basquete do New York Knicks para procurar em seu banco de dados por um suspeito de agressão no Brooklyn.
"Confiar em imagens erradas ou que trazem pouca segurança é uma aposta muito arriscada em investigação criminal", escreveu a pesquisadora de Georgetown Clare Garvie.
A polícia de Nova York afirmou que tem sido responsável no uso de reconhecimento facial e que a tecnologia é somente um meio de produzir pistas, incluindo em casos de homicídio, estupro e roubo.
"Ninguém nunca foi preso baseado somente em reconhecimento facial. Assim como com qualquer pista, são necessárias investigações mais aprofundadas para desenvolver o motivo da prisão", afirmou a sargento Jessica McRorie em uma nota.
Segundo o relatório de Georgetown, o reconhecimento facial já auxiliou a polícia de Nova York em mais de 2.900 casos em mais de cinco anos de uso da tecnologia.
McRorie afirmou que o departamento de polícia está constantemente reavaliando seus procedimentos e está em processo de revisar seus protocolos de reconhecimento facial existentes.
"Nós comparamos imagens de cenas de crime para prender fotos em registros policiais", disse McRorie. "Nós não nos envolvemos em uma coleta em massa ou aleatória de registros faciais de sistemas de câmeras da NYPD, da internet ou das mídias sociais". (Com informações da AP)
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