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Bolsonaro apoia Romênia e Argentina na OCDE: 'estavam na frente'

"Daqui um ano, um ano e pouco, estaremos dentro (da OCDE), se Deus quiser", disse presidente - Isac Nóbrega/PR
'Daqui um ano, um ano e pouco, estaremos dentro (da OCDE), se Deus quiser', disse presidente Imagem: Isac Nóbrega/PR

Do UOL, em São Paulo

10/10/2019 19h47

O presidente da República, Jair Bolsonaro, deu hoje sua versão para a indefinição a respeito da entrada do Brasil na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). E, em transmissão ao vivo pelas redes sociais, aproveitou para criticar adversários políticos e a imprensa.

Segundo a agência Bloomberg, os Estados Unidos recusaram hoje a solicitação brasileira para fazer parte da entidade. A Embaixada dos EUA declarou, em nota oficial, que apoia a entrada do Brasil no órgão, mas sem uma data específica para tal. Neste momento, apenas as entradas de Argentina e Romênia contam com apoio de Washington para entrar na organização econômica.

"A Argentina e a Romênia estavam na frente, estão na frente. Nós não queremos torcer para que ninguém aí fique para trás. Eles fazem (promoção de) um país da América do Sul e outro da Europa. Espero que a Argentina escolha bem seu presidente agora no fim de outubro", disse, indo além.

"A gente espera que não volte aquela turminha de amigos de Dilma (Rousseff), de Lula, do falecido (Hugo) Chávez - se é que não está vivo em algum lugar bem quente por aí -, de (Nicolás) Maduro, de Fidel Castro, daquela turma da Folha de S. Paulo. A gente espera que a Argentina escolha corretamente seu presidente e ela continue sendo uma grande parceira nossa", acrescentou.

Diante da prioridade dada a argentinos e romenos na entrada, Bolsonaro mostrou compreensão com o rigor na seleção de novos membros e lembrou tentativas brasileiras de conseguir uma vaga.

"Eles fazem uma seleção a conta-gotas, para que esse novo país que entra cumpra tudo que está no estatuto da OCDE, porque eles não podem errar. Vai chegar a hora do Brasil. O Brasil tentou em 2017. Não é de hoje para amanhã. Não deu certo com o presidente Temer. Agora, no governo do PT, nem tentaram - não iam conseguir de jeito nenhum", disse o presidente.

"Continuamos firmes e fortes (na questão). Daqui um ano, um ano e pouco, estaremos dentro, se Deus quiser", concluiu.