Evo Morales não pediu asilo à Argentina, diz fonte da chancelaria
Uma fonte da chancelaria argentina negou os rumores de que o ex-presidente da Bolívia Evo Morales, que renunciou hoje, tenha pedido asilo no país.
"Não é verdade. O Evo não pediu, portanto o Macri não negou", disse uma fonte do ministério das Relações Exteriores do país ao UOL. "Um asilo não se pede, não se oferece", complementou.
Antes da renúncia de Evo Morales, o jornal argentino Clarín disse que o presidente Evo Morales teria abandonado a Bolívia e viajado para a Argentina no avião presidencial, em meio à profunda crise política.
A fonte da chancelaria também disse que não houve "nenhum pedido" de entrada do voo na Argentina. "Não sei de onde tiraram isso", afirmou.
Morales renunciou à presidência da Bolívia em meio a uma profunda crise política no país. O agora ex-presidente se disse vítima de um golpe "cívico-político-policial" e afirmou que tomou a decisão de deixar o governo para tentar pacificar o país.
"Renuncio a meu cargo de presidente para que (Carlos) Mesa e (Luis Fernando) Camacho não continuem perseguindo dirigentes sociais", disse Morales em discurso transmitido pele TV, referindo-se a líderes opositores que convocaram protestos contra ele desde o dia seguinte às eleições de 20 de outubro e também aos ataques contra pessoas ligadas ao seu governo.
A OEA (Organização dos Estados Americanos) apontou irregularidades na votação do último dia 20 que dariam a Morales um novo mandato. Ao anunciar a renúncia, ele fez críticas à entidade. "A comissão da auditoria da OEA tomou uma decisão política. Alguns técnicos da OEA estão a serviço de grupos de poder."
O vice-presidente da Bolívia, Álvaro García Linera, também deixou o cargo.
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