Chanceler do Irã diz que ataque a bases dos EUA foi "legítima defesa"
O ministro das Relações Exteriores do Irã, Javad Zarif, disse hoje que o ataque a duas bases dos Estados Unidos no Iraque foi uma medida proporcional de "legítima defesa", que está, segundo ele, de acordo com o artigo 51 da Carta das Nações Unidas.
"O Irã tomou medidas proporcionais de legítima defesa, de acordo com o artigo 51 da Carta das Nações Unidas, contra um alvo de onde foram lançados ataques armados covardes contra nossos cidadãos e oficiais", escreveu Zarif em seu perfil no Twitter.
"Não buscamos escalada [de tensão] ou guerra", continua, "mas nos defenderemos contra qualquer tipo de agressão".
A mensagem do chanceler também se refere à operação como "concluída", sugerindo que o Irã não deve tomar outras medidas retaliatórias por ora.
Mais cedo, outro ministro iraniano, Mohammad Javad Azari Jahromi (Telecomunicações), também se manifestou sobre o ataque. "Saiam da nossa região", escreveu Jahromi, acompanhado da hashtag "vingança dura".
O ataque
Duas bases aéreas que abrigam tropas dos EUA e da coalizão no Iraque foram atingidas por foguetes na noite de hoje. Ainda não se sabe se houve vítimas. O Pentágono confirmou os ataques, e o Irã assumiu a autoria dos disparos contra ao menos uma das bases.
A Guarda Revolucionária Islâmica do país disse, em comunicado na TV estatal iraniana, que lançou "dezenas" de foguetes, como resposta à morte do general iraniano Qassim Suleimani, na última quinta-feira, após um ataque americano. O nome da operação de hoje, inclusive, foi "Mártir Suleimani", segundo a emissora.
De acordo com os EUA, teriam sido 12 mísseis.
Uma das bases atingidas foi Ain al-Asad, em Anbar. Estima-se que ao menos dez mísseis tenham efetivamente tocado o solo da base. A outra está localizada em Erbil, na região semiautônoma do Curdistão, que teria sido acertada por dois mísseis.
Outro artefato caiu próximo do aeroporto de Erbil, segundo a CNN, mas não explodiu nem causou vítimas.
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