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Trump prevê pandemia até julho ou agosto e descarta quarentena nacional

Joshua Roberts/Reuters
Imagem: Joshua Roberts/Reuters

Do UOL, em São Paulo

16/03/2020 16h55

Em entrevista hoje realizada na Casa Branca, a presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse acreditar que a pior fase da pandemia do novo coronavírus deve durar ainda alguns meses.

"Eles (médicos e pesquisadores) dizem que pode ser agosto, talvez julho. Talvez seja mais longo", afirmou Trump, que descartou nesse momento medidas como uma quarentena nacional para restringir a movimentação das pessoas em todas as cidades do país. Segundo ele, os cidadãos norte-americanos já estão naturalmente ficando em suas casas.

"Neste momento, não nacionalmente, mas há alguns lugares em nossa nação que não são afetados. Mas podemos olhar para certas áreas", disse ele. "Está se tornando algo automático. As pessoas estão conscientes. Eu não diria que os bares e restaurantes estão cheios", explicou.

Trump ainda informou pessoalmente que passou na sexta-feira por exames para detectar o novo coronavírus. Os resultados não apontaram o contágio.

"Os médicos checaram o que tinham que checar, e eu não tinha sintomas", declarou na entrevista coletiva. A informação já havia sido divulgada pela Casa Branca.

Ao longo da entrevista, Trump classificou o novo coronavírus como um "inimigo invisível", e garantiu que o governo dos EUA "está pronto para fazer o que for necessário". Para ele, as pesquisas em busca de uma resposta para a pandemia já estão em andamento.

"Posso dizer também que uma vacina está começando a ser testada. Está na primeira fase", disse o presidente norte-americano. "Temos os melhores especialistas do mundo. Esperamos que, em breve, estejamos de volta onde estávamos antes", declarou ainda.

Medidas exageradas?

Ao longo de toda a coletiva, a Casa Branca reforçou o pedido para que as pessoas evitem reuniões em grupos com mais de dez pessoas. Anthony Fauci, médico especialista em infecções e também presente à coletiva, disse que as medidas são necessárias.

"Sempre vai parecer que a melhor maneira de enfrentar isso será fazer algo que parece um exagero. Não é um exagero. É uma reação que sentimos ser apropriada para o que está, de fato, acontecendo", explicou.