Gâmbia exige investigação dos EUA após homem ser morto a tiros pela polícia
Gâmbia exigiu investigação "transparente, credível e objetiva" por parte dos Estados Unidos sobre a morte de Lamin Sisay, de 39 anos, após uma perseguição policial. O caso aconteceu na sexta-feira (29), em Atlanta, nos Estados Unidos.
Sisay era filho do ex-funcionário da ONU e diplomata da Gâmbia, Lare Sisay. O país africano emitiu uma nota ontem através do Ministério da Relações Exteriores dizendo que solicitou à embaixada de Gâmbia em Washington para que envolva as autoridades americanas relevantes, incluindo o Departamento de Estado, na investigação.
Segundo a versão da polícia, Sisay foi baleado após uma perseguição de carro em que o gambiano atirou nos agentes. Investigadores do estado da Geórgia disseram que os policiais pediram para ele encostar o carro, o que foi negado. Sisay teria mostrado uma arma e disparado em direção aos policiais, que revidaram, de acordo com a BBC.
A família e amigos contestam a versão. O pai aguarda a autópsia independente do corpo de Sisay, que morreu na hora. Ele disse, em entrevista ao site Fatu Network, de Gâmbia, que o filho era alguém "que abominava a violência".
"Eles não fizeram nenhuma tentativa de revistá-lo, pedir que ele saísse do veículo ou que largasse a arma. Eles apenas atiraram. Vários tiros foram disparados e ele morreu no local", disse Lare Sisay. A família pretende fazer uma investigação separada.
O Departamento de Investigação da Geórgia apura o caso envolvendo a polícia de Snellville e de Gwinnett.
A morte de Sisay acontece em meio aos protestos em defesa das vidas negras e contra a violência policial nos EUA. O estopim das manifestações — que ocorrem há oito dias — foi a morte de George Floyd, em Minnesota, após um policial asfixiá-lo durante 8 minutos e 46 segundos com o joelho.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.