Trump põe em dúvida suicídio e sugere que Epstein pode ter sido morto
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deixou no ar que acredita que o bilionário Jeffrey Epstein pode ter sido morto na cela em que cumpria pena.
Trump foi questionado por um repórter sobre ter desejado "o melhor" para a ex-companheira de Epstein, Ghislaine Maxwell, acusada de tráfico sexual de meninas adolescentes que aguarda seu julgamento na prisão em Nova York.
Ao responder, ele citou o que muitas vezes é dado como teoria conspiratória. Epstein foi acusado de tráfico sexual de menores em julho do ano passado e cometeu suicídio um mês depois em uma prisão de Nova York, onde aguardava julgamento. No entanto, há quem acredite em uma "queima de arquivo".
Trump demonstrou incômodo ao ser questionado sobre o tema e, diante da insistência nas perguntas sobre Maxwell, disse que "deseja o bem a todos".
"O amigo ou namorado dela foi morto ou cometeu suicídio na prisão. Ela [Maxwell] está agora na prisão. Então, sim, desejo o melhor para ela", afirmou o presidente.
"Eu desejo o bem a você, desejo a muita gente. Boa sorte. Deixem provar que ela é culpada", declarou Trump. O repórter da Axios, então, questiona se Trump está dizendo que "deseja que ela não morra".
"O namorado dela morreu na prisão e as pessoas ainda estão tentando entender o que houve: ele foi morto ou cometeu suicídio. Não quero nada [de ruim] para ela, não quero nada ruim para ninguém. Sim, eu desejo o bem para ela", concluiu Trump.
Autoridades norte-americanas temem que Maxwell também atente contra a própria vida.
Em julho, Trump comentou sobre o fato de ter sido visto diversas vezes com o casal.
"Encontrei-a inúmeras vezes ao longo dos anos, especialmente quando morava em Palm Beach, e suponho que morassem em Palm Beach. Mas desejo-lhe o melhor, não importa o que aconteça", disse Trump.
Entenda o caso
Maxwell, que pertencia à elite britânica e norte-americana e tem 58 anos, declarou-se inocente de tráfico sexual de meninas para satisfazer os desejos de Epstein.
Os promotores acusam a filha do magnata da imprensa britânica Robert Maxwell de seis crimes por ajudar Epstein a "recrutar, estabelecer laços emocionais e, finalmente, abusar" de várias menores.
Maxwell fazia amizade com as meninas, convidava-as para ir ao cinema e fazer compras, e depois as convencia a massagear sexualmente Epstein, com o tronco ou o corpo inteiro nu, em episódios nos quais ele praticava atos sexuais, segundo os promotores.
Os promotores dizem que Maxwell se envolveu algumas vezes em supostos abusos nas mansões de Epstein no Novo México, Palm Beach ou Manhattan. Se for considerada culpada, ela pode pegar até 35 anos de prisão.
Epstein, que morreu aos 66 anos, era gerente de um fundo de investimento e tinha amigos famosos e poderosos, incluindo Trump, o ex-presidente Bill Clinton e o príncipe Andrew da Grã-Bretanha.
A prisão de Maxwell colocou Andrew, o segundo filho da rainha Elizabeth II, sob suspeitas, que ele nega categoricamente, de ter feito sexo com uma garota de 17 anos apresentada por Epstein.
"Não conheço a situação do príncipe Andrew, simplesmente não sei. Não estou ciente", disse Trump nesta terça-feira.
Os promotores acusam o príncipe de não querer cooperar com a investigação porque não conseguiram interrogá-lo, mas ele nega.
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