Explosão na zona portuária de Beirute destrói redação de jornal

O jornalista Hanna Anbar, editor-executivo do jornal libanês The Daily Star, descreveu a destruição na redação do veículo causada pela explosão hoje na zona portuária em Beirute.

Dezenas de pessoas morreram na capital do Líbano em decorrência do incidente, que causou também milhares de feridos. A redação do jornal, que é publicado em inglês, está localiza na região mais afetada pela explosão.

"Todos estávamos na redação. Por volta das 18h (horário local, 12h de Brasília) e estávamos mandando nossas notícias da noite. Estamos a 500 metros ou um pouco mais da explosão. Mas nós pensamos que era uma explosão no nosso prédio, porque tudo desmoronou", descreveu, em declarações ao rádio da CBC, no Canadá.

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"Minha sala é feita de vidro para que eu veja as pessoas trabalhando. Então, foi feita em cacos. Tudo veio na minha direção, mas eu não fui atingido. Não sei como explicar", completou.

No Twitter, a repórter Ghada Alsharif divulgou um vídeo da redação logo após a explosão. É possível ver o teto parcialmente destruído, além de janelas e equipamentos igualmente danificados.

Anbar deixou o endereço após a explosão e viu ruas cobertas de cacos de vidro. Da região dos armazéns do porto, segundo ele, nada sobrou.

"Eu vi guerras. Eu cobri guerras nesta região do mundo desde 1965. Durante a Guerra Civil (entre 1975 e 1990), tínhamos explosões. Tínhamos carros-bomba. Mas isso foi o máximo, deixou todo o país em pânico. Até no Chipre, aparentemente, eles escutaram o estrondo. Então você pode imaginar o que aconteceu."