Em artigo sobre 2021, chanceler aponta mídia e 'covidismo' como inimigos
O ministro de Relações Exteriores do Brasil, Ernesto Araújo, deixa 2020 com um artigo no qual faz um balanço do ano e elenca os desafios para 2021. Entre os inimigos a serem enfrentados, o chanceler aponta "a grande mídia", a "bandidagem" e até o "covidismo".
Araújo mantém um blog chamado Metapolítica17 no qual escreve sobre conservadorismo e globalismo —este último, um grande inimigo a ser enfrentado. Segundo ele, e demais seguidores do anti-globalismo, os globalistas busacam a dominação mundial e o fim dos nações por meio de instituições internacionais como a ONU (Organização das Nações Unidas).
"Ficou claro que existe uma gigantesca batalha no mundo", escreve. "De um lado, a liberdade e a dignidade humanas, fundamentadas na realidade humana: a realidade de um ser que possui uma dimensão espiritual em conjunto e inseparavelmente da dimensão material. E do outro lado, um grande arco de ideologias, programas, práticas, grupos de interesse, correntes de pensamento, associações e atitudes contrárias àquelas liberdade e dignidade".
O chanceler elenca os inimigos a serem combatidos em 2021: "a grande mídia; o narco-socialismo; a corrupção; a bandidagem em geral (crime organizado); o sistema intelectual politicamente correto; o climatismo; o racialismo; o covidismo; o terrorismo; o multilateralismo antinacional (distorção e manipulação do sistema multilateral composto pelos organismos inernacionais); a ideologia de gênero; o abortismo" e a lista continua.
Ele voltou a afirmar que a pandemia do novo coronavírus é "um mecanismo de controle" e chamou as reações à doença de "histeria biopolítica". A essa ideia ele chama de "covidismo".
O Brasil termina o ano com um saldo de 194.976 mortos pela covid-19 e somente no dia de hoje teve mais de mil mortos registrados —o terceiro dia com óbitos acima de mil. O país é o segundo em número de mortos, atrás apenas dos Estados Unidos.
Araújo, respaldado pelo guru bolsonarista Olavo de Carvalho, compõe a chamada ala ideológica do governo Bolsonaro. Ele assumiu a chancelaria com a promessa de "uma nova política externa", pautada nos ideais anti-globalistas.
Ele termina o artigo com sugestões para "compor uma agenda de defesa da verdadeira democracia, com liberdade e dignidade para o ser humano". "O conservadorismo é o corpo da liberdade, a liberdade em sua versão concreta. Se querem Great Reset, que seja esse o Reset: liberalismo e conservadorismo juntos pela liberdade e pela democracia. Trabalhemos por isso, lutemos por isso em 2021", finaliza.
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