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'Próximas semanas serão as piores', diz autoridade inglesa sobre pandemia

11.jan.2021 - Pessoas fazem filas para serem vacinas contra a covid-19 em centro do NHS em Birmingham, na Inglaterra - Jacob King/Pool/AFP
11.jan.2021 - Pessoas fazem filas para serem vacinas contra a covid-19 em centro do NHS em Birmingham, na Inglaterra Imagem: Jacob King/Pool/AFP

Do UOL, em São Paulo

11/01/2021 11h26

O chefe da Autoridade Médica inglesa, Chris Whitty, disse hoje que as próximas semanas serão "as piores" da pandemia do novo coronavírus para o NHS (serviço nacional de saúde, na sigla em inglês) e aconselhou a população a minimizar todo contato desnecessário com outras pessoas.

"Estamos agora no pior ponto desta epidemia para o Reino Unido. No futuro teremos a vacina, mas os números no momento são maiores do que no pico anterior - por alguma distância", disse Whitty à BBC.

Ele falou ainda sobre a situação dos hospitais: atualmente há mais de 30 mil pacientes internados — em abril, no primeiro pico, eram 18 mil.

Nos últimos dias, o Reino Unido tem registrado números recordes de mortes devido à covid-19. Alguns profissionais de saúde relatam que estão atendendo cada vez mais pacientes jovens.

Na última segunda-feira, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, decretou um novo lockdown em toda a Inglaterra, depois da descoberta de uma nova variante do coronavírus.

"Estamos agora em uma situação em que, no Reino Unido como um todo, cerca de uma em cada 50 pessoas está infectada, e em Londres cerca de 1 em 30", acrescentou Whitty. "Há uma grande chance de que, se você encontrar alguém desnecessariamente, essa pessoa terá covid."

O Reino Unido começou a vacinar sua população em dezembro, dando prioridade a profissionais de saúde e idosos. Três imunizantes já foram aprovados para uso: o da Pfizer/BioNTech, o desenvolvido pela Universidade de Oxford em parceria com a Astrazeneca e o da Moderna.

O secretário de Saúde britânico, Matt Hancock, disse ontem que cerca de 2 milhões de pessoas já receberam a primeira dose da vacina.

Para que o governo cumpra sua meta de vacinar mais de 14 milhões de pessoas até meados de fevereiro, abrangendo as pessoas com mais de 70 anos, pessoas com condições clínicas de vulnerabilidade — mais velhos ou com condições preexistentes — e profissionais de saúde ou de assistência social, será preciso aplicar 2 milhões de doses por semana.

A taxa atual é de cerca de 200 mil por dia, disse Hancock.

Dados da Universidade Johns Hopkins mostram que o Reino Unido registra mais de 3 milhões de casos de covid-19 e 81.567 óbitos.