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Empresa de urnas processa advogado de Trump em US$ 1,3 bilhão por fake news

Rudolph Giuliani reforçava a teoria de Donald Trump sobre fraude no sistema eleitoral que elegeu Joe Biden - Philippe-Olivier Contant/Xinhua
Rudolph Giuliani reforçava a teoria de Donald Trump sobre fraude no sistema eleitoral que elegeu Joe Biden Imagem: Philippe-Olivier Contant/Xinhua

Do UOL, em São Paulo

25/01/2021 13h54Atualizada em 25/01/2021 14h09

A empresa norte-americana de urnas eleitorais, Dominion Voting, apresentou hoje um processo contra o advogado pessoal do ex-presidente Donald Trump, Rudolph Giuliani. A companhia está pedindo mais de U$ 1,3 bilhão (R$ 7,1 bilhões) em danos, sob a alegação de difamação por disseminação de notícias falsas sobre fraudes nas eleições presidenciais de 2020.

"Ele e seus aliados manufaturaram e disseminaram a "grande mentira", que como previsto, viralizou e enganou milhões de pessoas, levando-as a acreditar que a Dominion havia roubado seus votos e manipulado a eleição", alegaram os advogados da empresa.

"O dano aos negócios e à reputação da Dominion é sem precedentes e irreparável por causa da maneira fervorosa em que milhões de pessoas acreditam [na fraude nas eleições dos EUA]".

A Dominion alegou que não é considerada como segura pela população estadunidense e que os seus funcionários foram perseguidos. A empresa também acredita que por esses motivos, centenas de contratos que tem firmados estão em risco, o que pode gerar um prejuízos milionários.

A empresa também alega que, embora Giuliani tenha espalhado notícias falsas sobre a Dominion ser propriedade de comunistas venezuelanos e corromper a eleição, o advogado de Trump não alega o mesmo sobre as informações não verídicas que fez em nome do ex-presidente dos Estados Unidos.

Fundada em 2002 "no porão de John Poulos em Toronto para ajudar cegos a votarem em cédulas de papel", a Dominion Voting tem sede em Denver, Colorado.

Posse de Biden sem Trump

O 46º presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, tomou posse em meio a crises sanitárias e de segurança no dia 20 de janeiro, em Washington. Aos 78 anos, Biden é o homem mais velho a chegar à Presidência do país. A vice-presidente, Kamala Harris, é a primeira mulher negra a ocupar o cargo.

O ex-presidente, Donald Trump, se recusou a participar da cerimônia e seguiu para Palm Beach, na Flórida, onde pretende viver com a esposa, Melania Trump, após a saída da Casa Branca.