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TV: Acusados de invadir Capitólio contra resultado da eleição não votaram

Apoiadores de Donald Trump invadem Capitólio para protestar contra resultado das eleições nos EUA - SHANNON STAPLETON/REUTERS
Apoiadores de Donald Trump invadem Capitólio para protestar contra resultado das eleições nos EUA Imagem: SHANNON STAPLETON/REUTERS

Do UOL, em São Paulo

02/02/2021 13h48

Registros mostram que alguns dos manifestantes favoráveis ao então presidente dos Estados Unidos Donald Trump que invadiram o Capitólio durante a sessão que certificaria Joe Biden como presidente, em janeiro, não votaram nas eleições, informou a CNN.

Segundo levantamento da emissora, pelo menos oito das pessoas que agora enfrentam acusações criminais pela invasão, que causou a morte de cinco pessoas, não votaram na eleição presidencial de novembro de 2020, da qual Trump alegava, sem provas, ter saído vencedor.

Um deles é Donovan Crowl, 50, ex-fuzileiro naval. Segundo sua mãe contou à emissora, ele é apoiador do republicano e havia dito a ela que "eles iriam tomar o governo se eles tentassem tirar a presidência de Trump dele".

Apesar de apoiar o então presidente, um oficial eleitoral do condado em Ohio disse à CNN que Crowl se registrou em 2013, mas "nunca votou nem respondeu a nenhum de nossos avisos de confirmação para mantê-lo registrado", então ele foi removido das listas eleitorais no final de 2020 e o estado disse que ele não estava registrado em Ohio.

Um secretário do condado em Illinois, onde Crowl já foi registrado, também confirmou que ele não era eleitor ativo em nenhum lugar do estado.

Ele foi indiciado por um júri federal sob a acusação de destruição de propriedade do governo e conspiração por supostamente coordenar com outros para planejar o ataque e permanece sob custódia.

Crowl disse ao New Yorker que tinha intenções pacíficas e alegou que protegeu a polícia. O advogado dele não fez comentários à CNN sobre o histórico de votação do cliente.

Entre os que não votaram também estavam um homem da Geórgia de 65 anos que, de acordo com documentos do governo, foi encontrado em sua van com uma pistola carregada e munição; há também uma mulher de 21 anos de Missouri que, segundo os promotores, compartilhou um vídeo no Snapchat que a mostrava desfilando com um pedaço de uma placa de madeira do escritório da presidente da Câmara, a democrata Nancy Pelosi.

Invasores alegam influência de Trump

Pelo menos seis das 170 pessoas acusadas de conexão com a invasão ao Capitólio tentaram transferir pelo menos parte da culpa para Trump em suas defesas na Justiça ou em entrevistas. O levantamento foi feito pela agência Reuters.

Um deles é Emanuel Jackson, de 20 anos, que foi capturado em vídeo usando um bastão de metal para golpear os escudos de proteção dos policiais na frente do Capitólio.

Em sua defesa legal, Jackson cita comentários do então presidente em um comício em Washington pouco antes da invasão. Trump disse à multidão para "lutar como o inferno", disse "não vamos aguentar mais" e repetiu suas falsas alegações de que a eleição em que perdeu para Joe Biden foi "roubada" por meio de fraude eleitoral generalizada.