EUA enviarão mais 20 milhões de doses de vacinas a outros países até junho
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou hoje que os Estados Unidos exportarão 20 milhões de doses de vacinas contra a covid-19 a outros países até o fim de junho. O fornecimento incluirá imunizantes da Moderna, da Pfizer/BioNTech e da Janssen.
"Assim como na Segunda Guerra Mundial a América (EUA) era o arsenal da democracia, na batalha contra a pandemia de covid-19, nossa nação será o arsenal de vacinas", disse Biden em pronunciamento.
O anúncio já havia sido adiantado mais cedo pela porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki. A doação dos Estados Unidos incluirá imunizantes da Moderna, da Pfizer/BioNTech e da Janssen/Johnson & Johnson.
O envio complementará as 60 milhões de doses do imunizante da AstraZeneca que também serão compartilhados por Washington com outras nações.
A vacina desenvolvida pela farmacêutica anglo-sueca e que, no Brasil, é utilizada em parceria com a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), ainda não é aplicada nos Estados Unidos e parece cada vez mais improvável que seja necessária.
Nem Psaki e nem Biden teceram comentários sobre quais países seriam os receptores dos envios. No pronunciamento, Biden disse que nenhum outro país doou mais vacinas ao exterior do que os Estados Unidos pretendem fornecer.
O anúncio acontece enquanto aumenta a pressão sobre o governo Biden para que o grande excedente de imunizantes em posse dos EUA seja usado para ajudar outros países, já que a campanha de imunização no país conseguiu um avanço significativo.
Segundo dados atualizados ontem pelo painel Our World In Data, da Universidade de Oxford (Reino Unido), 47,1% da população dos EUA já foi vacinada contra a covid-19 com ao menos uma dose.
Ainda de acordo com o painel, 36,9% da população dos Estados Unidos já completou a imunização — ou seja: recebeu a segunda dose ou tomou um imunizante que não requeria a segunda aplicação.
Bem escasso
As vacinas contra o novo coronavírus continuam escassas no mundo devido à produção insuficiente, enquanto o consórcio Covax, implantado pela OMS (Organização Mundial de Saúde) para ajudar países em desenvolvimento, está longe de realizar a distribuição que previa.
Ontem, a Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) disse que os países do G7 e os membros da UE (União Europeia) seriam capazes de doar mais de 150 milhões de doses de vacinas contra a covid-19 para países desfavorecidos financeiramente.
Essa quantidade poderia ser alcançada se o grupo dos sete países mais ricos do mundo, cujos líderes se reunirão em junho em cúpula no Reino Unido, e os membros da União Europeia compartilhassem apenas 20% de suas reservas de vacinas em junho, julho e agosto.
"E eles (G7 e UE) poderiam fazer isso cumprindo os compromissos de vacinação de sua própria população", esclareceu Henrietta Fore, diretora-geral da agência da ONU (Organização das Nações Unidas).
* Com informações da AFP, do Estadão Conteúdo, da Reuters e da RFI
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