Kennedy: Biden lava as mãos sobre fracasso dos EUA contra o Taleban
Em participação no UOL News, o colunista Kennedy Alencar avaliou que a retomada do poder pelo grupo islâmico Taleban no Afeganistão representa uma derrota para os Estados Unidos.
Em pronunciamento feito hoje, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, admitiu que o Taleban tomou o poder no Afeganistão mais rápido do que o previsto, mas afirmou que as tropas norte-americanas não devem lutar uma guerra na qual os próprios afegãos não querem continuar. Biden disse ainda que não se arrepende de suas decisões.
"O discurso do Biden é de quem lava as mãos", opinou Alencar. "Os americanos invadiram o Afeganistão na lógica da 'guerra ao terror' para levar o combate para fora do território americano".
"Nesse sentido, como o Biden disse, eles tiveram sucesso, pois não aconteceu mais um atentado terrorista nos EUA com forças estrangeiras, como o das Torres Gêmeas, em 2001", completou.
No entanto, o colunista destacou que a retirada das tropas norte-americanas deixa o Afeganistão em situação complicada, pois pode representar uma escalada de violência na região.
"O Taleban é um grupo que nasceu como religioso e depois de militarizou e tende a jogar mais duro do que antigo governo afegão. Agora, há todo um olhar internacional, é preciso negociar", disse Alencar.
O colunista exemplificou as relações diplomáticas que o grupo islâmico fez com o Qatar, além dos próprios norte-americanos. "[Enquanto isso], ele manteve durante todo esse tempo influência sob uma parcela considerável do território afegão."
"Quando deixaram Cabul em 2001, eles [Taleban] simplesmente abandonaram a cidade, não enfrentaram os americanos, que tinham poderio militar muito superior. Agora, eles voltaram porque o exército afegão simplesmente entregou o jogo. É um fracasso dos EUA. Uma guerra longa na qual eles saem pela porta dos fundos", afirmou Kennedy Alencar.
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