Topo

Esse conteúdo é antigo

Preso analista que contribuiu em dossiê contra Trump

As informações do dossiê contra o ex-presidente dos EUA nunca foram comprovadas - Mandel Ngan/AFP
As informações do dossiê contra o ex-presidente dos EUA nunca foram comprovadas Imagem: Mandel Ngan/AFP

Colaboração para o UOL

04/11/2021 13h34Atualizada em 04/11/2021 13h34

Foi preso nesta quarta-feira (4) o analista Igor Danchenko, que contribuiu no documento que ficou conhecido como "dossiê Steele", um levantamento de informações comprometedoras envolvendo o ex-presidente Donald Trump e a Rússia.

De acordo com o jornal The New York Times, a prisão de Danchenko faz parte do inquérito conduzido por John H. Durham, que foi nomeado pelo governo Trump para examinar a investigação da Rússia por qualquer delito.

O analista foi o principal pesquisador do dossiê, que contém rumores e afirmações não comprovadas que sugerem que Trump e sua campanha de 2016 conspiraram com funcionários da inteligência russa na operação secreta de Moscou para ajudá-lo a derrotar Hillary Clinton.

Fita de sexo

Uma das partes mais polêmicas do dossiê diz respeito a uma fita de sexo que os russos teriam em mãos, mostrando o ex-presidente dos Estados Unidos assistindo a prostitutas urinarem em uma suíte de hotel.

A maioria das afirmações do dossiê —que foi escrito pelo empregador de Danchenko, Christopher Steele, um ex-agente da inteligência britânica— não foi provada, e algumas foram refutadas. Agentes do FBI interrogaram Danchenko em 2017.

O interrogatório sugeriu que alguns aspectos do dossiê eram enganosos. Steele não deixou claro que grande parte do material era informação de terceira mão e parte do que Danchenko —que nasceu na Rússia, mas vive nos Estados Unidos— retransmitiu era mais especulativo do que o dossiê implicava.

Democratas

Segundo o jornal, o dossiê teria sido financiado por democratas, oposicionistas a Donald Trump. A empresa de inteligência de negócios de Steele era subcontratada por outra empresa de pesquisa, a Fusion GPS, que por sua vez havia sido contratada pelo escritório de advocacia Perkins Coie, que estava trabalhando para a campanha de Hillary Clinton.

Danchenko disse não saber quem era o cliente de Steele na época e se considerava um analista e pesquisador apartidário.