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México adota medidas de segurança após acidente que matou 10 em Capitólio

Lanchas de passeio nos cânions Capitólio, Minas Gerais - Rafael Dios/Unsplash
Lanchas de passeio nos cânions Capitólio, Minas Gerais Imagem: Rafael Dios/Unsplash

Do UOL, em São Paaulo

11/01/2022 16h38

Autoridades do México adotaram algumas medidas de segurança em Cañón del Sumidero, tradicional ponto turístico localizado no estado de Chiapas, no sul do país, depois do desabamento do paredão de uma rocha que matou 10 pessoas em Capitólio (MG), no último sábado (8). Os dois locais apresentam características similares.

Segundo reportagem da rede ForoTV, da Televisa, o secretário de Proteção Civil de Chiapas, Luis Manuel García, pediu ontem que as cinco cooperativas que prestam serviços de turismo no local respeitem os acordos de segurança para evitar acidente como o ocorrido em Capitólio.

"Dentre esses acordos: que as lanchas das cooperativas não circulem próximo aos paredões. É a primeira medida. Está proibido de se aproximar dos paredões. E, em certos lugares, isso todos sabem, diminuir a velocidade de navegação das lanchas para não provocar ondas", afirmou ele.

No dia do acidente, inclusive, imagens que circularam pelo Twitter e Facebook indicavam que o acidente teria ocorrido em Cañón del Sumidero. A falsa notícia foi desmentida pela equipe de checagem da agência AFP México.

Em janeiro de 2020, uma rocha já havia se desprendido em Cañón del Sumidero, com paredões que alcançam até mil metros de altura. A cena também foi flagrada por um dos turistas que navegavam no local. Na ocasião, os turistas pensaram se tratar de neblina. Ninguém ficou ferido.

Acidente em Capitólio (MG)

Ao todo, quatro embarcações sofreram impacto — direta e indiretamente — após o desabamento do bloco de rocha em Capitólio. São elas:

  • Lancha EDL: 14 pessoas socorridas com vida;
  • Lancha Jesus: dez pessoas estavam na embarcação antes do acidente; os dez morreram
  • Lancha vermelha (sem nome): dez pessoas socorridas com vida;
  • Nova Mãe: oito pessoas socorridas com vida.

Ao menos 30 vítimas foram atendidas e liberadas, sendo 23 na Santa Casa de Capitólio, quatro na Santa Casa de São José da Barra, duas na Santa Casa de Piumhi e uma na Santa Casa de Passos.

O Corpo de Bombeiros de Minas Gerais encerrou as buscas no Lago de Furnas, na manhã de hoje (11). De acordo com o delegado Marcos Pimenta, a Polícia Civil e a Marinha devem ser responsáveis pelos trabalhos no local a partir de agora.

Em reunião na manhã desta terça na Delegacia Regional de Passos (MG) —que investiga o caso—, a Polícia Civil, o Corpo de Bombeiros, a Marinha e a Defesa Civil discutiram os próximos passos da averiguação sobre o que aconteceu no local. Com todos os desaparecidos resgatados, não se viu mais necessidade de operação de busca no lago.

"Até o momento não há mais desaparecidos. Os dez já corpos foram reconhecidos pela Polícia Civil com apoio da Polícia Federal", afirmou Pimenta.

Os prefeitos das três cidades da região do lago de Furnas devem ser ouvidos: Capitólio, Furnas e São José da Barra, nesta semana. Cristiano Gerardão (Progressistas), de Capitólio, deverá ser ouvido ainda hoje.