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Mulher esfaqueia homem durante sexo para 'vingar morte' de general iraniano

Nika Nikoubin foi presa após esfaquear homem em hotel de Las Vegas - Reprodução
Nika Nikoubin foi presa após esfaquear homem em hotel de Las Vegas Imagem: Reprodução

Colaboração para o UOL

15/03/2022 11h38Atualizada em 15/03/2022 15h58

Nika Nikoubin, uma mulher de 21 anos, se encontrou com um homem que conheceu pela internet e o esfaqueou enquanto faziam sexo em um hotel de Las Vegas, há cerca de duas semanas. A vítima sobreviveu e Nikoubin foi presa. Em depoimento à polícia, ela disse que a tentativa de homicídio foi uma maneira de vingar a morte do general iraniano Qasem Soleimani, líder político e militar assassinado durante um ataque dos Estados Unidos no início de 2020.

De acordo com relatório de polícia divulgado pelo canal KLAS-TV, afiliado da CBS em Las Vegas, os dois combinaram de se encontrar no dia 5 de março, após se conhecerem em um site de relacionamentos. No momento do sexo, Nikoubin vendou o homem e apagou as luzes. Alguns minutos depois, o parceiro sentiu "uma dor no pescoço", conforme citado no relato policial.

Ao sentir o contato da faca, o homem empurrou a jovem, saiu correndo do quarto e conseguiu ligar para a polícia. Nikoubin veio logo atrás e confessou a um empregado do hotel que havia acabado de esfaquear uma pessoa. Já presa, ela disse que praticou o crime "por vingança contra as tropas norte-americanas que mataram Qasem Soleimani em 2020" após se sentir motivada ao ouvir uma música.

Qasem Soleimani - Getty Images - Getty Images
Qasem Soleimani comandava a Força Quds e era um instrumento político iraniano importante para espalhar influência.
Imagem: Getty Images

O atual estado de saúde e a identidade da vítima não foram revelados. Não é possível saber, portanto, se o homem possuía qualquer relação com as Forças Armadas dos Estados Unidos. Nikoubin, por sua vez, espera por julgamento marcado para o dia 24 de março.

A morte de Qasem Soleimani, em bombardeio ordenado pelo ex-presidente Donald Trump há dois anos, gerou tensão internacional, pois o general era um dos líderes políticos mais poderosos do Irã e comandava a Força Quds, divisão especial da Guarda Revolucionária Islâmica. Na época, o governo dos EUA disse que a ofensiva foi realizada como resposta a um ataque de míssil contra uma base militar no Iraque, em episódio que matou um civil norte-americano.