EUA: Cartomante é morta a tiros por cliente que alega ter sido enfeitiçado

A cartomante Ana Torres, 51, foi morta a tiros em sua própria casa no bairro do Queens, em Nova York, por um cliente de 41 anos. A polícia trabalha com a hipótese dela ter sido morta porque ele teria acreditado que ela era uma "bruxa" que o amaldiçoou, segundo fontes. O homem acabou preso.

Guiseppe Canzani, consulente da cartomante, está sendo acusado de tê-la matado a tiros em plena luz do dia, por volta das 14h30 de ontem. Recentemente, vizinhos testemunharam uma discussão entre os dois, no jardim da casa de Ana.

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Canzani disse aos policiais que atirou na mulher "porque ela era uma bruxa" e que ela o teria enfeitiçado e amaldiçoado, segundo informações do jornal norte-americano The New York Times.

"Sim, essa é a mulher na qual eu atirei", afirmou o suspeito aos detetives da 106ª delegacia da cidade, cerca de uma hora após desferir os tiros. "Estavam tentando me matar", alegou.

"Se eu te contar o que está acontecendo comigo, você não acreditaria", disse ainda aos policiais. "Não à toa, eu já deveria estar morto, isso é tudo que eu sei. Essa mulher, vocês nunca vão entender. Vocês pensariam que eu sou louco".

Ana Torres é mãe de um agente da polícia de Nova York e foi baleada duas vezes ao atender a campainha da casa da família, que fica na 109th Avenue. Ao chegar na porta para ver quem era, se deparou com Canzani já apontando uma arma para ela. Uma das balas a atingiu na cabeça e ela morreu na hora.

"Guiseppe destruiu meu mundo", disse o marido de Anna, David Aguilar enquanto se preparava para o funeral da esposa, na manhã de hoje. "Eu nunca o vi antes. Eu gostaria de poder chegar até ele agora, mas não posso. Ele foi preso, mas está reivindicando um advogado. Os policiais não deveriam questioná-lo".

"Minha esposa não tinha sequer um osso ruim em seu corpo", disse Aguilar. "Ela era a melhor esposa, a melhor mãe. Eu estava no trabalho e parei para ver o noticiário. Eu disse: 'Espere. Parece a minha casa'. E era", contou.

"O atirador fugiu em um Chevy Traverse preto após os disparos", disse o vice-chefe da polícia de Nova York, Jerry O'Sullivan, durante uma coletiva de imprensa na noite de ontem.

Canzani compareceu à 106ª delegacia cerca de uma hora depois, colocou um revólver calibre 45 na calçada e se rendeu à polícia.

Ele foi acusado de homicídio e posse criminosa de uma arma carregada. Os policiais reconheceram que Canzani e Torres se conheciam "até certo ponto", mas disseram que o relacionamento não parece ter sido romântico.