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Rússia concede perdão a condenados para lutarem na guerra contra a Ucrânia

Porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, confirmou a informação em entrevista coletiva - Evgenia Novozhenina/Reuters
Porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, confirmou a informação em entrevista coletiva Imagem: Evgenia Novozhenina/Reuters

Colaboração para UOL, em São Paulo

27/01/2023 17h35Atualizada em 27/01/2023 22h17

A Rússia está concedendo perdão a presidiários condenados em troca da participação deles na guerra contra a Ucrânia. A informação foi confirmada hoje pelo porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, em entrevista coletiva, segundo informaram agências de notícias locais.

Peskov afirmou que a anistia acontece com base nas leis russas, que estabelecem, em sua Constituição, que o direito de perdoar os condenados e quem cumpre sentenças de tribunais estrangeiros cabe ao presidente da Rússia.

Essa é a primeira vez que o governo russo admite a participação de condenados nas ações de guerra. Agências de notícias internacionais afirmam ainda que esses presidiários estariam sendo recrutados pelo Grupo Wagner, um grupo de mercenários ligados à Rússia.

Voluntários e violentos. Esse grupo, que é conhecido por suas práticas brutais, surgiu em 2014 e uma das suas primeiras missões teria sido apoiar as forças separatistas a tomar a península da Crimeia.

No início do mês, o Ministério da Defesa da Rússia conferiu o sucesso da retomada da cidade de Soledar, na República Popular de Donetsk (RPD), à atuação do grupo.

"Ações corajosas e altruístas dos voluntários dos esquadrões de assalto [do Grupo] Wagner", teria informado a Defesa do país, segundo destacaram canais de notícias internacionais.