Israel terá hospital subterrâneo com até 2 mil leitos para feridos
O Rambam Health Care Campus anunciou nesta segunda-feira (9) um hospital subterrâneo em Haifa, em Israel, para receber pacientes durante o conflito com o Hamas.
A guerra entre Israel e o Hamas chegou ao quarto dia, nesta terça-feira (10), e o número oficial de mortes já ultrapassou a marca de 1.500.
O que aconteceu
O Hospital de Emergência Subterrâneo Fortificado Sammy Ofer será a maior unidade médica subterrânea do mundo, ficando em um bunker de três andares e podendo ter dois mil leitos e lotação de oito mil pessoas, segundo o jornal O Globo. O local era usado como um estacionamento coberto para 1,4 mil veículos.
O diretor-geral do Rambam, Michael Halberthal, acredita que a unidade de saúde poderá entrar em funcionamento ainda nesta terça-feira (10) para receber os pacientes. "Em conversa com o ministro da Saúde, decidimos começar a preparar a unidade subterrânea. Acredito que no fim da tarde de amanhã [terça], ela já esteja operacional e possamos decidir quando receber pacientes".
Halberthal também contou que o hospital foi pensado para funcionar de forma independente, em termos de fornecimento de eletricidade, água e oxigênio, pensando em um cenário de conflito de 35 dias de bombardeio.
Como a unidade está afastada das zonas de conflito, apenas uma parte reduzida da triagem chega até o local, que serve de referência para uma região com aproximadamente 2,8 milhões de pessoas.
O conflito
O governo israelense intensificou os ataques à Faixa de Gaza. Nesta madrugada, mais de 200 alvos foram atacados pela FDI (Força de Defesa de Israel). Do outro, o grupo terrorista Hamas respondeu com ameaças aos civis sequestrados caso a ofensiva continue.
A FDI afirmou na madrugada desta terça-feira (10), ter atingido mais de 200 alvos na Faixa de Gaza durante a noite. Sirenes foram acionadas em cidades na fronteira com Gaza. De acordo com a organização, 1,5 mil corpos de membros do Hamas foram encontrados. O país, porém, ainda não trata esse número como oficial.
Até o momento, oficialmente, pelo menos 1.587 pessoas morreram em Israel e em Gaza desde sábado. Foram pelo 900 vítimas em Israel, 100 delas encontradas em um kibutz (habitação coletiva) em Be'eri, no sul do país. Já na Palestina são 687 mortes confirmadas, segundo as autoridades locais.
O governo israelense afirmou ter retomado o "controle total" das regiões no sul do país que haviam sido atacadas pelo Hamas. Essas áreas, próximas à Faixa de Gaza, foram atacadas pelos palestinos por ar, por terra e pelo mar.
Após declarar guerra ao Hamas, Israel intensificou os ataques à Faixa de Gaza e convocou 300 mil reservistas. Além de bombardear o território palestino, os israelenses bloqueiam a chegada de água, comida e luz aos palestinos.
O Hamas afirma que tem mais de cem reféns israelenses, que foram sequestrados no sábado (7). Em resposta ao cerco à Faixa de Gaza, os extremistas ameaçam matar os civis se os ataques ao território continuarem.
Apesar da ameaça, o grupo islâmico começou a falar em trégua. Segundo a emissora Al Jazeera, um integrante do alto escalão do Hamas declarou que está "aberto a discussões" para um possível cessar-fogo.
Entidades alertam para o risco de uma "crise humanitária sem precedentes" se o cerco a Gaza continuar. O bloqueio ao território impede inclusive a chegada de medicamentos, o que provocou um colapso hospitalar.
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