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Oficial do Hamas diz que 'apenas um punhado' de comandantes sabia de ataque

Ali Barakeh, um membro da liderança exilada do Hamas, declarou que apenas um pequeno número de comandantes tinha conhecimento do ataque lançado contra Israel no sábado (7). Barakeh também afirmou que Irã e o Hezbollah estão dispostos a se juntar ao Hamas. A informação é do jornal Times of Israel.

O que aconteceu:

"Apenas alguns comandantes do Hamas sabiam da hora zero", diz Barakeh, acrescentando que aliados como o Irã e o Hezbollah "se juntarão à batalha se Gaza for sujeita a uma guerra de aniquilação".

Ele também reconhece que o Irã e o grupo militante Hezbollah ajudaram o Hamas no passado, mas disse que desde a guerra de Gaza de 2014 o Hamas tem produzido os seus próprios foguetes e treinado os seus próprios combatentes.

O Hamas afirma que tem mais de cem reféns israelenses, que foram sequestrados no sábado (7). Em resposta ao cerco à Faixa de Gaza, os extremistas ameaçam matar os civis se os ataques ao território continuarem.

Apesar da ameaça, o grupo islâmico começou a falar em trégua. Segundo a emissora Al Jazeera, um integrante do alto escalão do Hamas declarou que está "aberto a discussões" para um possível cessar-fogo.

Grupo palestino lançou ofensiva surpresa no início da manhã de sábado (7) que incluiu lançamento de foguetes e infiltração de terroristas armados, que passaram a massacrar civis. Israel foi pego de surpresa por um ataque sem precedentes por ar, mar e terra lançado pelo grupo palestino Hamas.

Até o momento, pelo menos 1.587 pessoas morreram em Israel e em Gaza desde sábado. Foram pelo 900 vítimas em Israel, 100 delas encontradas em um kibutz (habitação coletiva) em Be'eri, no sul do país. Já na Palestina são 687 mortes confirmadas, segundo as autoridades locais.

Entidades alertam para o risco de uma "crise humanitária sem precedentes" se o cerco a Gaza continuar. O bloqueio ao território impede inclusive a chegada de medicamentos, o que provocou um colapso hospitalar.

Ataques aproximam Hezbollah do conflito

Israel também bombardeou áreas no Líbano, na fronteira norte, alegando a entrada de "infiltrados" no país. O Líbano é a sede do grupo Hezbollah, que entrou em conflito com os israelenses pela última vez em 2006.

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O Hezbollah não está formalmente na guerra, mas disparou foguetes contra Israel. Os ataques, segundo a agência Reuters, foram uma resposta do grupo libanês à morte de quatro de seus membros em um bombardeio israelense.

O Irã negou envolvimento nos ataques. O país, que mantém relações estreitas com o Hamas e o Hezbollah, afirmou que não participou da "resposta da Palestina" a Israel.

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