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Sobrevivente do Hamas fugiu de rave dirigindo em mata após ser baleada

Do UOL, em São Paulo

22/10/2023 22h38Atualizada em 23/10/2023 16h06

Uma israelense que participava da rave alvo do Hamas em 7 de outubro, primeiro dia de ataques terroristas do grupo, conseguiu sobreviver ao fugir de carro por uma região de campo.

Parte do relato foi dado ao documentarista brasileiro Gabriel Chaim e exibido no Fantástico, da TV Globo. A jovem também fez publicações nas redes sociais compartilhando sua história.

O que aconteceu

Shani Hadar disse que estava no carro quando percebeu que se tratava de um ataque terrorista. Ela e uma amiga avistaram um dos integrantes do Hamas correndo atrás do carro em que ambas estavam com uma arma.

A israelense conseguiu sair com o carro por uma área de mata não asfaltada, mas o carro foi alvejado pelos extremistas. "Olhei para o lado e acelerei o carro o mais forte que pude. De repente, sinto uma dor aguda no meu ombro: 'Eles atiraram em mim!'", relatou Shani em uma publicação no Instagram.

A jovem seguiu dirigindo até uma região de arbustos, onde conseguiu se esconder com o carro. Ferida, ela e a amiga contataram familiares, a polícia e o serviço de saúde, pedindo por ajuda. Porém, ninguém conseguiria entrar na região em que as duas estavam.

Um robe utilizado por Shani na festa serviu como torniquete para o ferimento de bala no ombro. Elas continuam tentando contato com autoridades de saúde, mas eles afirmam que a zona já é uma área de guerra.

Em um momento, as duas amigas foram encontradas por um drone do Hamas, e uma nova troca de tiros começou. As duas foram para debaixo do carro, e Shani disse à amiga que iria se fingir de morta caso algum membro do Hamas se aproximasse.

Tempo depois, as duas ainda conseguiram contato com um soldado israelense que passou pelo local, relatou Shani no depoimento publicado em suas redes.

Ele as aconselhou a sair dali com o carro, mesmo com a motorista ferida —um conselho que deixou ambas "em choque", escreveu Shani.

Shani e a amiga dirigiram pela estrada até um posto do exército de Israel, onde conseguiram ajuda. A israelense ficaria mais de 10 horas com o ferimento sem tratamento, afirmou, já que o local era de acesso remoto.

Não posso acreditar que sobrevivemos ao inferno. Lutamos contra todas as probabilidades para não ceder ao medo.
Relato de israelense que conseguiu escapar do Hamas

Segundo autoridades israelenses, 260 pessoas morreram no ataque, e outros foram levados reféns. O evento de música eletrônica, organizado pelo Universo Paralello, contava com três mil pessoas.

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