Conteúdo publicado há 11 meses

Reinaldo: Imprensa argentina comparar comida com supérfluo é indecente

O colunista do UOL Reinaldo Azevedo afirmou durante o programa Olha Aqui! que a comparação feita pela imprensa argentina entre comida e bens supérfluos, como por exemplo o streaming, é indecente e absurda.

Essa comparação de colocar comida em pé de igualdade com aquilo, que em última instância é supérfluo, que é o streaming, é de uma indecência tão absurda e asquerosa. Reinaldo Azevedo

Em sua posse, o presidente argentino Javier Milei afirmou que não há dinheiro e que a Argentina passará por um choque. Após as primeiras medidas econômicas tomadas pelo novo presidente, jornalistas do canal La Nación + afirmaram que parte da população argentina terá que cortar gastos com comida, enquanto outros com bens como, por exemplo, carros.

É muito grave isso e o jornalista diz que todos vão ter que cortar alguma coisa, e ele compara que alguns vão ter que cortar o streaming, outros o carro, e vai ter gente que vai ter que cortar a comida. Ou o café da manhã ou o almoço. Esse tal de Eduardo [jornalista] é conhecido por ser macrista na Argentina, um partidário do Macri, que é o presidente de fato da Argentina. Olha a comparação, eu diria que o Macri, por exemplo, vai ter que cortar o quê? O café da manhã, o almoço, o streaming ou o carro? Não vai ter que cortar nem o caviar. (...) isso deixa de ser imprensa e passa a ser militância política do pior tipo. Reinaldo Azevedo

Durante o programa Reinaldo também destacou que La Nación e Clarín, dois dos maiores jornais argentinos, se tornaram "panfletos em defesa do governo Milei", e apontou que o presidente acenou apenas com a miséria para a população desde seu discurso de posse.

No discurso de posse, Milei não acenou com medidas compensatórias. Ele acenou com a miséria e disse que a produção iria cair, haveria aumento do desemprego, queda do salário e aumento da miséria e da pobreza. Três dias depois veio um plano para reprimir protestos e agora vem essa barbaridade que está se normalizando. É a ideia de passar por um período difícil de fome e miséria para consertar a economia. Que se criem medidas de proteção às pessoas em vez de pedirem para comer menos! Reinaldo Azevedo

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