Empresas aéreas montam plano para voos entre Brasil e Argentina por greve
Do UOL, em São Paulo
19/01/2024 19h34Atualizada em 20/01/2024 18h19
Empresas aéreas que operam voos entre Brasil e Argentina já se preparam para lidar com a greve geral no país vizinho, marcada para acontecer no próximo dia 24. O UOL entrou em contato com as principais companhias sobre o movimento.
O que aconteceu
A Gol confirmou que todos os voos de ida ou volta para a Argentina no dia da greve estão cancelados. "Afetará toda a operação aeroportuária nas cidades em que a companhia opera (Buenos Aires, Córdoba, Mendoza e Rosário), impossibilitando a realização dos voos".
Os voos serão remarcados para outras datas e alterações poderão ser realizadas sem custos. Também é possível solicitar reembolso integral. Os clientes estão sendo informados da decisão via email e SMS.
Latam cita 'possíveis' cancelamentos. Já o Grupo Latam informou que os passageiros afetados por possíveis cancelamentos ou remarcações de voos nesse dia poderão solicitar uma nova data de viagem ou voo, sem pagamento extra.
A alteração da data ou do voo, tanto de ida quanto de volta, poderá ser feita em até 15 dias após a data original.
Também existe a possibilidade de reembolso. Essa opção poderá ser utilizada sem multa para todos os bilhetes não usados. A Latam ainda recomenda que o passageiro acompanhe o status do seu voo no site.
A Azul só começará a operar voos para Bariloche em 30 de junho e, portanto, não será afetada pela greve. A Aerolíneas Argentinas não respondeu ao contato.
Greve geral
Protesto contra reformas. A principal central sindical da Argentina convocou a greve geral para o dia 24 de janeiro contra as recentes reformas econômicas e trabalhistas anunciadas pelo governo Milei.
Intimidação dos trabalhadores. Segundo a emissora Voz de América, a CGT e outras centrais sindicais e organizações sociais que se juntarão ao protesto afirmam que o governo pretende intimidar os trabalhadores e "criminalizar" o protesto social.
Transporte afetado. O transporte público no país deve ser afetado pela mobilização, mas não irá deixar de funcionar, informou o jornal La Nación. Outras categorias, como trabalhadores de órgãos públicos e rurais, também devem aderir.