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Protestos pró-Morales deixa 2 mortos e 11 policiais feridos na Bolívia

Ex-presidente da Bolívia, Evo Morales Imagem: Emiliano Lasalvia/AFP

Do UOL, em São Paulo*

25/01/2024 17h26Atualizada em 25/01/2024 17h26

Pelo menos dois civis morreram e 11 policiais ficaram feridos no protesto que os apoiadores do ex-presidente Evo Morales iniciaram na segunda-feira (22) contra os juízes que inabilitaram sua candidatura presidencial para 2025, segundo um relatório oficial.

O que aconteceu

Depois de quatro dias de manifestações, o governo de Luis Arce - ex-aliado de Morales - divulgou um balanço dos atos. Duas pessoas morreram quando ficaram presas nos bloqueios de estradas realizados por cocaleiros e outras organizações de agricultores.

Na quarta-feira, foi informada a morte de uma mulher de 53 anos. Ela tinha problemas de pressão arterial e não conseguia viajar por via terrestre de La Paz a Santa Cruz.

A outra vítima é René Pauasi, um trabalhador do setor dos transportes de 57 anos. Ele sofreu uma parada cardíaca na noite de quarta-feira na região de Chapare, departamento de Cochabamba, e não pôde ser socorrido devido ao bloqueio das estradas, segundo o responsável.

Também no dia anterior, 11 policiais foram feridos por manifestantes. Os agentes foram atacados com pedras e explosivos em determinado momento do protesto no departamento de Potosí.

"A federação de agricultores de Potosí, composta por aproximadamente 200 pessoas, emboscou nossos policiais", disse o coronel Juan Amílcar Sotopeña, comandante regional da polícia, à rádio local.

Alguns dos feridos foram levados para centros de saúde, mas nenhum deles em estado grave.

Bloqueios de estrada

Nesta quinta-feira, a Administradora de Rodovias registrou 22 pontos de bloqueio. Foram bloqueadas as estradas de Cochabamba, Oruro, Potosí, La Paz e Santa Cruz, motor econômico da Bolívia, ante os 16 de quarta-feira.

O protesto foi convocado em repúdio à decisão do Tribunal Constitucional. A determinação impede Morales de apresentar novamente sua candidatura, com o argumento de que já cumpriu os dois mandatos permitidos pelo regulamento.

O líder máximo dos cocaleiros foi presidente entre 2006 e 2019, quando foi forçado a renunciar devido a uma revolta social que denunciava supostas fraudes eleitorais para obter um quarto mandato.

*com informações da AFP

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