Oficiais de países ocidentais criticam apoio 'sem limites' a Israel
Mais de 800 oficiais de órgãos da União Europeia, além dos Estados Unidos, Reino Unido e outros, se manifestaram contra as políticas recentes de suas nações em relação à guerra entre Israel e Hamas.
O que aconteceu
Para os servidores, a ação militar sem precedentes de Israel só aumenta a tensão na região. Uma das preocupações é que, com a crise humanitária na Faixa de Gaza, grupos extremistas como o Hamas e o Hezbollah passam a ter mais apoio público. O comunicado foi feito através de uma carta.
Série de ataques também não garantiu a liberdade dos reféns israelenses, têm matado os palestinos "aos poucos" e está "sem limites". "As operações militares estão colocando em risco "o bem-estar, a vida e a libertação" dos mais de 100 israelenses que continuam sob o poder do Hamas, diz a carta. "O bloqueio deliberado da ajuda [humanitária] por Israel levou a uma catástrofe, colocando milhares de civis sob risco de fome", acrescentam.
Servidores dizem se preocupar com ações tomadas sem considerar experiências anteriores com atos de terror, como o 11 de Setembro. "A operação militar em andamento será prejudicial não apenas para a própria segurança de Israel, mas também para a estabilidade regional", dizem.
Posições ideológicas e políticas se sobressaíram em relação à experiência dos funcionários, alguns com décadas de atuação. Os signatários também pedem para que os governos "parem de afirmar ao público que há uma lógica estratégica e defensável" por trás da operação israelense.
A guerra na Ucrânia e o monitoramento de direitos humanos em países como a Rússia, China e Irã foram deixados para trás, dizem os oficiais. "As políticas atuais de nossos governos enfraquecem sua posição moral e minam sua capacidade de defender a liberdade, a justiça e os direitos humanos em todo o mundo", alegam.
Oficiais são membros de ministérios das Relações Exteriores e de outros órgãos, como a Otan. A legitimidade da carta foi confirmada junto a fontes por veículos como o The New York Times e BBC, que conversaram anonimamente com alguns signatários.
Lista tem ao menos 12 países. A coordenação foi feita por funcionários dos EUA, Países Baixos e de órgãos da União Europeia. Também há oficiais da Bélgica, Dinamarca, Finlândia, França, Itália, Espanha, Suécia, Suíça e Reino Unido.
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