Piloto de avião flagra raio raríssimo; entenda o que é o 'jato azul'
Colaboração para o UOL, em São Paulo
02/03/2024 04h00
O piloto de uma companhia aérea argentina conseguiu registrar, em imagem, um dos fenômenos atmosféricos mais raros de se observar: trata-se do chamado blue jet ou jato azul, raio luminoso que vai da nuvem em direção ao espaço.
O que aconteceu
O piloto —que não teve o nome identificado— registrava uma tempestade enquanto sobrevoava relativamente próximo a ela. Foi aí que, de repente, ele conseguiu captar o fenômeno.
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Diferentemente dos raios que estamos acostumados a ver durante uma tempestade, eles surgem em camadas diferentes do céu e vão em direção ao espaço. Já os raios mais comuns ocorrem entre nuvens ou, em sua maioria, vão em direção ao solo ou vice-versa.
Os jatos azuis são descargas elétricas mais brilhantes. Eles nascem sobre imensas nuvens de tempestade, são lançados para cima a 45 quilômetros do chão, quando então se dispersam.
O fenômeno geralmente dura menos de um segundo e pode alcançar mais de 50 km na estratosfera.
Tom azulado é de difícil explicação. Segundo o instituto de meteorologia MetSul, os cientistas especulam que a cor azul "se deva a um conjunto de linhas de emissão azul e quase ultravioleta do nitrogênio molecular neutro e ionizado".
Esse tipo de raio foi registrado pela primeira vez em 21 de outubro de 1989, tirada do ônibus espacial enquanto ele sobrevoava a Austrália.
O "blue jet" ou "jato azul" é considerado mais raro ainda do que o "red sprite" ou "fada vermelha", raio de tom avermelhado. São descargas ultra velozes de eletricidade que se dispersam nas camadas mais altas da atmosfera, de 50 a 70 quilômetros de altura.