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Manifestantes expulsam militares dos arredores do governo da Bolívia; veja

Do UOL, em São Paulo*

26/06/2024 20h14Atualizada em 26/06/2024 21h57

Vídeos mostram manifestantes expulsando os militares que estavam nos arredores do Palácio Quemado, sede do governo, em La Paz, na Bolívia. A ação ocorreu após uma tentativa do golpe de Estado pelos próprios militares do país.

O que aconteceu

Registros divulgados nas redes sociais mostram a população indo para cima dos militares. Em um dos vídeos, a população avança sobre os agentes, que estão com escudos de proteção, obrigando-os a recuar.

Populares ecoam gritos de "fora". Também é possível ouvir o que seriam ruídos provocados pela explosão de fogos de artifício.

Alguns dos manifestantes entram em conflito com dois agentes. Porém, logo eles são desmotivados por outros manifestantes. Os militares conseguem recuar para onde estão os demais na praça Murillo, onde fica o prédio do governo.

"Lucho não está só", ecoou o grupo, se referindo ao presidente da Bolívia, Luis Arce. Os manifestantes também chamaram os militares de "golpistas".

Outros registros flagraram os carros dos militares deixando a região da sede do governo. Um popular grita "filhos da pu**", enquanto outras pessoas chegam a aplaudir os agentes.

Tentativa de golpe

Os militares bolivianos realizaram movimentações consideradas anormais nesta quarta-feira (26). Tanques e tropas foram colocados em frente à sede do governo, em La Paz.

Militares entraram no Palácio Quemado, sede do governo. Vídeos do local mostram policiais militares fardados usando escudos para fechar o espaço e impedir que outras pessoas entrem na praça Murillo, onde fica o prédio do governo. Um blindado foi usado para arrombar as portas e bombas de efeito moral foram usadas contra manifestantes.

O presidente Luis Arce nomeou três novos chefes para as Forças Armadas da Bolívia após a tentativa de golpe. Depois do anúncio, militares que invadiram o Palácio Quemado se retiraram das imediações da sede do governo em La Paz.

Ex-comandante do exército pediu "novo gabinete". Em frente ao Palácio Quemado, Juan José Zuñiga, que foi demitido na terça-feira (25), disse à imprensa que iria "trocar os ministros" e que "o país não pode continuar assim". Zuñiga afirmou ainda que iria liberar todos os que chamou de "presos políticos", e criticou figuras antigas da política boliviana, como Evo Morales.

Luis Arce, presidente da Bolívia, escreveu que as movimentações são "irregulares". "Denunciamos mobilizações irregulares de algumas unidades do exército boliviano. A democracia deve ser respeitada", publicou em suas redes sociais.

Ex-presidente Evo Morales convocou mobilização contra "golpe de Estado". "Convocamos uma Mobilização Nacional para defender a Democracia frente ao golpe de Estado que é gestado e liderado pelo general Juan José Zuñiga, comandante do exército", afirmou em outra mensagem na rede social.

*Com informações da AFP

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