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Após renúncia de chefe do Serviço Secreto, Trump diz que não foi protegido

20.07.24 - Donald Trump discursa em comício em Michigan Imagem: Jim Watson/AFP

Do UOL, em São Paulo

23/07/2024 14h03

O candidato à presidência dos Estados Unidos Donald Trump afirmou que não foi protegido "adequadamente" pela administração do presidente Joe Biden e da vice-presidente Kamala Harris. Declaração foi publicada na rede social Truth Social após a renúncia da diretora do Serviço Secreto dos EUA.

O que aconteceu

O ex-presidente dos EUA voltou a falar sobre o atentado que sofreu, no dia 13 de julho. "A administração Biden/Harris não me protegeu adequadamente e fui forçado a levar um tiro pela democracia. Foi minha grande honra fazer isso", escreveu.

Donald Trump também questionou a capacidade de Biden para governo o país. "Kamala Harris acha que Joe Biden está apto para governar os EUA pelos próximos seis meses? Ela deve responder à pergunta. Agora parece que Joe está delegando sua autoridade presidencial a burocratas não eleitos de Washington! Ele nem confia em sua vice-presidente. Quem está governando o país", publicou.

Trump foi alvo de atentado no dia 13 de julho. O FBI diz que ataque está sendo investigado como um possível ato de terrorismo doméstico. A agência federal define terrorismo doméstico como atos dentro dos EUA que têm a intenção de intimidar, coagir civis ou influenciar políticas governamentais, segundo a agência de notícias Associated Press.

Atirador foi identificado. Thomas Matthew Crooks, 20, foi identificado pelo FBI como o atirador. Ele era de Bethel Park, Pensilvânia, a cerca de 64 km do local do comício. Crooks tinha material explosivo dentro do carro e em casa.

Diretora do Serviço Secreto renunciou nesta terça-feira (23)

A diretora do Serviço Secreto dos Estados Unidos, Kimberly Cheatle, renunciou ao cargo. Renúncia foi anunciada 10 dias após o atentado contra o candidato à presidência dos EUA Donald Trump.

A diretora estava pressionada desde o atentado contra Donald Trump. Ela escreveu uma carta aos colegas de trabalho da agência federal. De acordo com informações da NBC News, Cheatle afirmou: "À luz dos acontecimentos recentes, é com pesar que tomei a difícil decisão de renunciar ao cargo de diretora. "A missão solene do Serviço Secreto é proteger os líderes e a infraestrutura financeira da nossa nação. Em 13 de julho, falhamos nessa missão".

"Como diretora, assumo total responsabilidade pela falha de segurança", diz a carta. Cheatle liderava a agência desde setembro de 2022.

O presidente dos EUA, Joe Biden, afirmou que em breve nomeará um novo líder para o Serviço Secreto. Em um comunicado à imprensa norte-americana após o anúncio da renúncia de Cheatle, Biden agradeceu pelas décadas de serviço público prestados pela agora ex-chefe da agência. "Se dedicou abnegadamente e arriscou sua vida para proteger nossa nação", diz trecho do comunicado.

Biden também afirmou que a investigação sobre a tentativa de assassinato contra Trump continua. "Estou ansioso para avaliar as suas conclusões. O que aconteceu naquele dia nunca mais poderá acontecer", escreveu na rede social X.

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