OPINIÃO
Análise: Silêncio do Brasil sobre vitória proclamada de Maduro diz muito
Colaboração para o UOL, em São Paulo
30/07/2024 05h30
O Brasil estar silenciado sobre a vitória proclamada do ditador Nicolás Maduro na eleição presidencial venezuelana do último domingo (28) já é uma grande declaração, afirmou o jornalista Pablo Uchoa durante entrevista no UOL News 2ª Edição desta segunda-feira (29).
Pablo Uchoa, que também é pesquisador UCL Institute of the Américas e autor do livro "Venezuela, a encruzilhada de Hugo Chávez", ressaltou a parceria histórica entre o Brasil e a Venezuela.
Apesar de estar todo mundo em compasso de espera, o silêncio na diplomacia fala muito. Um país como o Brasil que está do lado da Venezuela, que foi um dos principais parceiros geopolíticos, econômicos (...) e até agora não ter se pronunciado, isso já é uma grande declaração. Pablo Uchoa, jornalista e pesquisador
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Uchoa avaliou ainda que o resultado eleitoral venezuelana mostra as forças políticas do país e o quão poderosas elas são - inclusive o próprio chavismo.
Essa expectativa de um pleito acirrado indica que o Maduro poderia ter ganho ou pode ter ganho essa eleição. Mas aí você tem essa situação que a gente não sabe se ele ganhou. Ele pode ter ganho, mas ele também pode ter perdido. O problema da eleição é que quando você chama a eleição, você tem que dizer quem ganhou. Pablo Uchoa, jornalista e pesquisador
Conseguimos ver por esse resultado eleitoral as forças políticas e o poder delas. O poder que tem a oposição, o chavismo. Existe o apoio que está comprovado na quantidade de votos que o Maduro tirou, e o que a oposição está dizendo é que eles não estão nem criticando o voto em si, mas estão questionando o fato do governo não estar comunicando aquelas atas daqueles locais que não interessam a ele. Pablo Uchoa, jornalista e pesquisador
Não seria nem a lisura da urna eletrônica em si, mas a transparência da comunicação entre os centros eleitorais e o centro nervoso, o TSE deles, o Conselho Nacional Eleitoral. Toda essa incerteza deixa a comunidade internacional sem poder endossar. Pablo Uchoa, jornalista e pesquisador
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