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Milhares protestam contra o governo em Israel e pedem a liberação de reféns

7.set.2024 - Drone mostra pessoas em manifestação contra o governo do primeiro-ministro de Israel Benjamin Netanyahu e para pedir a libertação dos reféns em Gaza Imagem: REUTERS/Roei Kastro

Do UOL*, em São Paulo

07/09/2024 18h57Atualizada em 07/09/2024 19h07

Cerca de 500 mil manifestantes foram às ruas de Tel Aviv e outras cidades israelenses neste sábado (7) para protestar contra o governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e pedir pela liberação de cidadãos feitos reféns pelo Hamas na Faixa de Gaza. Hoje, o conflito entre Israel e o Hamas completa 11 meses.

O que aconteceu

Organizadores do protesto estimam que 500 mil pessoas participaram dos atos. Segundo o jornal The Times of Israel, se o número estiver correto, seria o maior protesto na história de Israel. Em comício em Tel Aviv, os organizadores afirmaram que a estimativa foi confirmada pela polícia, porém, as autoridades locais não divulgaram a confirmação.

Familiares de reféns e vítimas do ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023 participaram de protestos. Eles fizeram uma manifestação na frente da casa do primeiro-ministro, em Jerusalém, e voltaram a pedir um acordo para a liberação dos reféns.

Libertado pelo Hamas com outras três pessoas após operação israelense, em junho, também discursou. Andrey Kozlov pressionou o governo israelense para fechar um acordo de cessar-fogo que inclui a soltura das pessoas que são feitas reféns.

7.set.2024 - Manifestantes erguem cartazes e bandeiras durante um protesto em Tel Aviv, em Israel Imagem: Jack GUEZ/AFP

Cinco pessoas foram presas nos atos, informaram as autoridades. A dispersão dos protestos está ocorrendo com vários confrontos entre a polícia e os manifestantes. Em comunicado, a polícia informou que trabalha para impedir que as pessoas rompam as barreiras de segurança e bloqueiem a Rodovia Ayalon, em Tel Aviv. "Pedimos aos manifestantes que parem com os tumultos que colocam em risco a polícia e o restante dos manifestantes", solicitou.

Hamas mantêm ao menos 64 reféns

O grupo extremista Hamas mantém pelo menos 64 reféns israelenses "supostamente vivos" sob seu domínio na Faixa de Gaza. O levantamento foi realizada pelas agências de notícias AFP.

Reféns são usados como moeda de troca pelo Hamas na guerra contra Israel. O grupo extremista usa as vítimas do sequestro de 7 de outubro de 2023 para negociar um cessar-fogo, além da libertação de prisioneiros apreendidos pelas forças israelenses.

Hamas sequestrou 251 pessoas na invasão ao estado judeu no ano passado. Desse total, 117 foram libertos no decorrer da guerra, alguns deles eram estrangeiros, enquanto 70 tiveram a morte confirmada — entre os mortos, 37 corpos foram repatriados para serem sepultados e outros 33 permanecem sob os escombros de Gaza.

Reféns incluem duas crianças, cinco mulheres, 11 soldados e sete estrangeiros. Dos 64 que se acredita estarem vivos, ao menos 57 são israelenses, seis são da Tailândia e um do Nepal, ainda segundo a AFP.

11 meses de conflito

A guerra entre Israel e o Hamas em Gaza completa 11 meses neste sábado (7), sem sinais de um acordo de trégua, que permitiria o fim dos bombardeios israelenses e a libertação dos reféns sob poder do movimento islamista palestino. Vários bombardeios atingiram o território palestino neste sábado, matando pelo menos 17 pessoas, segundo a Defesa Civil de Gaza e testemunhas.

O conflito em Gaza começou em 7 de outubro, quando um ataque de combatentes do Hamas em Israel deixou 1.205 mortos, a maioria civis. Os dados são de uma contagem da AFP baseada em números oficiais israelenses. Em resposta ao ataque, Israel prometeu destruir o Hamas e iniciou uma vasta ofensiva de represália com bombardeios que já causou 40.939 mortes no território palestino, segundo o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza.

Os países mediadores, Estados Unidos, Catar e Egito, tentam obter há vários meses um cessar-fogo na Faixa de Gaza. Mas as possibilidades de acordo diminuíram nas últimas semanas porque as partes não cedem em suas posições.

O Hamas, que governa Gaza e cujo ataque de 7 de outubro no sul de Israel desencadeou a guerra, exige que a retirada completa do Exército israelense do território palestino. Mas o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, insiste que as tropas do país devem permanecer no "corredor Filadélfia", na fronteira entre Gaza e Egito.

A pressão internacional pelo fim da guerra aumentou na sexta-feira (6) após a morte de uma ativista turco-americana na Cisjordânia ocupada. Aysenur Ezgi Eygi, 26 anos, morreu ao ser atingida por tiros das forças israelenses quando participava em um protesto contra a colonização judaica em Beita, perto de Nablus, no norte do território palestino ocupado por Israel desde 1967. "Aysenur defendia pacificamente a justiça quando foi assassinada a tiros", lamentou a família da jovem em um comunicado, no qual também exigem uma "investigação independente".

As forças israelenses iniciaram em 28 de agosto uma operação em larga escala na Cisjordânia, aonde a violência aumentou desde o início da guerra em Gaza.

(Com AFP)

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