Ataque de Israel a zona humanitária na Faixa de Gaza deixa 40 mortos
Um responsável da agência de Defesa Civil de Gaza informou à AFP nesta segunda-feira (9), (terça-feira em Gaza), que 40 pessoas morreram e 60 ficaram feridas em um ataque israelense na zona humanitária de Al Mawasi, em Khan Yunis, no sul do território.
O que aconteceu
O Exército israelense disse que o alvo era o Hamas. Em um comunicado, os militares afirmaram que suas forças aéreas "atacaram terroristas significativos do Hamas que operavam um centro de comando e controle localizado dentro da zona humanitária de Khan Yunis".
Pelo menos 20 tendas onde palestinos estavam abrigados foram atingidas, segundo a Al Jazeera. Médicos e moradores disseram que o acampamento foi atingido por pelo menos quatro mísseis, de acordo com a Reuters.
As tendas estavam ocupadas por palestinos que fugiram de outras partes da Faixa de Gaza. O serviço de emergência informou que os mísseis causaram crateras de até nove metros de profundidade.
Mulheres e crianças estariam entre as vítimas. "Nossas equipes ainda estão retirando mortos e feridos da área atingida. Parece um novo massacre israelense", afirmou um oficial da emergência civil de Gaza.
Israel ainda disse que "várias medidas foram tomadas para mitigar o risco de ferir civis". "Incluindo o uso de munições precisas, vigilância aérea e meios adicionais", diz trecho do comunicado, reproduzido pela CNN.
O Hamas negou que integrantes do grupo estivessem na zona humanitária no momento do ataque. "As alegações da ocupação sobre a presença de combatentes da resistência são uma mentira descarada", diz o Hamas, segundo o jornal Times of Israel.
Um porta-voz da Defesa Civil de Gaza disse que o ataque é "um dos massacres mais hediondos desta guerra frenética". Ele disse que as pessoas abrigadas no acampamento estão em pânico porque pensaram que as tendas eram seguras após Israel defini-las como "área humanitária".
*com informações da AFP
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